Ensaio Gestante Na Praia Sp

Columbia Business School - Em muitos países, jornalistas críticos e investigativos estão sendo mortos, acossados e encarcerados por estarem fazendo o trabalho deles. Mesmo assim, muitos continuam noticiando. Esta é a história de três desses repórteres. COURAGE Jornalismo não é crime Eles me deteram e me puseram na cadeia durante dois meses e seis dias. Cada palavra que você escolhe pode te colocar na cadeia. A publicação Irrawaddy foi criada 25 anos atrás na Tailândia, porque não existia nenhum tipo de liberdade de imprensa no nosso país. Agora estamos no meu vilarejo, na minha casa. É a casa dos meus pais, onde eu nasci. É para onde eu sempre volto. Eu não gosto muito de Rangum. É muito movimentado e barulhento. Aqui é bem diferente de Rangum. Aqui é um vilarejo e é bem familiar e muito calmo. Tem muitas árvores e um bom ambiente. Um bom lugar para relaxar. - Você parece que conhece todo mundo aqui. - Sim, são todos meus parentes. Todo mundo me conhece. Eu consigo ter comida em qualquer casa pois todos são meus parentes. E a casa do meu tio é ali. Ele faleceu, mas a filha dele está lá. Sempre que eu volto para meu vilarejo, eu mudo pro meu estilo “vilarejo”. Até a língua, também. Em Rangum eu falo birmanês. e aqui eu falo mon, então eu mudo tudo. Eu viro um camponês. Eu voltei dos EUA e nós entramos em contato e eu propus a ele de vir trabalhar no nosso escritório. Esta foi a primeira vez que nós começamos a trabalhar juntos. Então já faz dez anos. Ele é um dos nossos bons repórteres. Ele agora é um jornalista “sênior”. Birmânia estava isolada do resto do mundo há apenas cinco, seis, sete anos atrás. Agora já não é mais assim. Existe agora um jornalismo investigativo acontecendo na Birmânia. É algo a se comemorar. Apesar de tantos desafios, apesar das coerções e das ameaças, das mortes e prisões de jornalistas, o jornalismo investigativo continua crescendo. Eu diria que qualquer lugar é uma linha de frente para nós aqui. Até aqui, se eu levantar um tema muito delicado contra o exército, contra alguém que é muito poderoso, eu estou passando dos limites. Dos limites deles. E no nosso país eu sempre tenho a impressão que tem um limite que é invisível. Eu sou um tipo de cara que gosta de estar na linha de frente, de me embrenhar na selva. Mas ver todas aquelas pessoas mortas e todo aquele sangue é bem duro, claro. Então você tem que beber bastante álcool depois daquilo. Porque sua cabeça tem a sensação de estar ficando louca e daí você não consegue dormir. Então quando eu estou na linha de frente e eu vejo alguma coisa muito ruim, eu bebo bastante. E aí eu consigo dormir. É assim que eu lido com isto às vezes. Com os Rohingyas a coisa está bem ruim. Então toda vez que eu volto do Estado de Arakan (Rakhine), eu não consigo dormir durante uma semana, e eu fico num estado meio traumatizado. Então eu consigo adormecer, mas eu não durmo muito bem. e eu sei que é porque eu vi pessoas lá em condições realmente péssimas. Como ajudar e coisas assim? Quando você vê tudo aquilo, é confuso. Eu realmente tenho uns traumas por causa disto. No total tem sete grupos armados lutando no exército Birmanês. Tem os Kachin, Shan, Palaung e Arakan. Então se a gente junta tudo tem mais de 100.000 tropas. Estes povos são minorias neste país. E quando eu consigo informações, eu posso elaborar uma história e as pessoas podem ler e entender o que está acontecendo em Kachin, Palaung, Shan e Arakan. So it's quite helpful for them. Então é bem útil para eles. E para aumentar a informação sobre o conflito de minorias internacionalmente mas também na Birmânia, para que as pessoas possam saber o que está acontecendo. Mas o exército Birmanês não gosta disto. A comunidade internacional está acompanhando de perto o que está acontecendo com os Rohingyas em Rakhine. Isto foi inesperado e é … … provavelmente a queda mais rápida e brusca de um ícone dos direitos humanos que o mundo jamais presenciou. Se você conversar com alguém que pertence a um grupo étnico armado que luta contra o governo, você terá problemas. Bem simples assim. Mas e se este grupo étnico assinou o Acordo Nacional de Cessar-fogo? Aí você pode entrevistá-los e você pode falar com eles? Você pode tirar fotos? Sim. Mas se eles não assinaram o NCA, o Acordo Nacional de Cessar-fogo, você terá problemas. Esta é a diferença. Um exemplo é Lawi Weng, nosso reporter sênior que foi detido… Antes disto muitos repórteres estavam viajando para as áreas de linha de frente. Mas ninguém foi preso. Mas naquela viagem eles foram detidos. Eles disseram que eu infringi a lei deles, mas segundo a constituição dos jornalistas eu posso viajar para as áreas de conflito. Eu tenho meus direitos. Eu vi dois homens do exército serem mortos, e eu tirei muitas fotos. Mas o exército não gostou disto. Eles ficaram preocupados que eu ia publicar a história e eles iam ficar em desvantagem. Então eles me barraram quando eu estava voltando. Eles me detiveram e também meus outros dois amigos e jornalistas que estavam comigo. Enquanto estávamos lá, dava para ouvir o som de combate com artilharia pesada. Estávamos meio preocupados, porque sendo jornalistas de Yangon, a gente não estava acostumada com o som de luta de artilharia. Eles disseram que eu infringi a Associação do Ato Ilícito (17 A). Não é correto me processar por causa disto: Eu sou um jornalista. Eu tenho o direito de falar com rebeldes. Eu tenho o direito de viajar de acordo com a constituição deste país. Quando a gente soube que tinha sido detido, eu fiquei muito triste e muito chateado. Porque não fizemos nada de errado. Somente fizemos nosso trabalho. Professores ensinam. Médicos curam. Jornalistas fazem jornalismo. O exército ainda tem o controle no país, mesmo se chamamos isto uma democracia. Eu recebi um chamado telefônico de Lawi naquela época. Secretamente, ele estava me telefonando da delegacia. Se as autoridades descobrissem que ele estava me chamando, ele poderia estar em dificuldades. Mais tarde eles retiraram as acusações. Eu tive sorte em conseguir sair, mas mesmo assim não é certo me processarem desse jeito. Não foi somente por causa de ter tirado as fotos. Foi também para me ameaçar e aos outros jornalistas: “Olhe, se vocês forem até a linha de frente novamente, nós o deteremos a próxima vez também. Podemos colocá-lo na cadeia or algo assim.” Então, se eles quiserem, eles podem fazer isto. No momento as coisas não estão muito boas. Jornalistas tem sido encarcerados, processados e ironicamente processados segundo velhas leis coloniais. Então é uma situação muito triste e séria. Eu acho que muitos jornalistas, especialmente nos países ocidentais acham que nosso trabalho é tão difícil. Nossa maior preocupação é o advogado. A gente nunca pára pra pensar nos jornalistas que estão arriscando a própria vida e eu acho que isto relativiza nosso trabalho. Eles nos prendem ou qualquer coisa a ver com os rebeldes. Estamos fazendo nosso trabalho como jornalistas, tentando conseguir informações e entrevistando os rebeldes. Isto é nosso trabalho. Nós não cooperamos com ninguém nem apoiamos ninguém. Então eles não podem nos prender por não estar fazendo nada ilegal. As autoridades carcerárias se preocupam com o negócio deles. Tem muita corrupção nas prisões. Então se eles me tratam mal, eu vou escrever a respeito disto. Nós já passamos várias vezes dos limites, quando a gente escreveu sobre ele e sobre a liberdade de imprensa também. Cheguei até a escrever uma história sobre a mídia contra o exército. Eles estão detendo e matando os intermediários. Honestamente, ninguém sabia o que ia acontecer até que Lawi fosse solto. Eu não sou o único, mas não há muitos repórteres como nós que somos repórteres de conflito. Então o exército sabe quem são os repórteres de conflito, e eles não gostam de mim. Eles sabem… e eu sei que nós estamos na mira deles, então preciso ter cuidado quando estou viajando. Cada palavra que você escolher pode acabar colocando você na cadeia. Então a escolha das palavras é muito importante. Quando eu escrevo tenho que ser muito, muito cauteloso. Muitos dos meus amigos e colegas, que são estrangeiros, não conseguem mais um visto. Eles “mudaram o sistema”, é o que dizem. Se eles bloquearem repórteres estrangeiros, eles vão começar a mirar nos repórteres locais. Somos miras fáceis, fáceis de deter ou de prender. Os repórteres estrangeiros não sabem nada sobre o que está acontecendo no país, porque eles não estão aqui. Então é o plano deles para o futuro, eu acho. Era assim que eles faziam no passado. É difícil mudar hábitos antigos. Boa noite, todos. Turquia é um aliado da OTAN. É um parceiro extremamente importante na nossa luta contra ISIS. Então… não é nenhum segredo que há algumas tendências na Turquia que estão me inquietando. O jornal Cumhuriyet é conhecido como o mais antigo jornal da Turquia. É quase tão velho quanto a República Turca, uns 90 anos. Nosso jornal já está sob ameaça direta do governo. Então agora temos a pressão do governo num grande número de mídia turca. E isto é muito triste, pois… Parece que tem uma cartilha. Nós chamamos isto de cartilha russa, É um manual em como capturar um Estado, e um dos primeiros passos é capturar a mídia. Nesta história de primeira página nós publicamos as fotos de caminhões do serviço secreto turco, supostamente a caminho da Síria, carregando armas e munição disfarçado como se fosse material de ajuda médica. Era em Hatay na fronteira. Por haver publicado este artigo, por revelar informação secreta do governo, eu fui condenado a cinco anos de prisão, e Can Dündar a cinco anos e dez meses. Ele escreveu este artigo sobre os caminhões, eu comemorei com ele. Era um artigo muito bom. Sabe, somos jornalistas, então, ficamos chocados quando soubemos que ele seria processado. Foi o primeiro grande ataque de Erdogan contra esses dois jornalistas, porque eles publicaram revelações sobre a entrega de armas pelo serviço secreto turco para grupos islâmicos no norte da Síria. Erdem Gül e o editor-chefe do the Cumhuriyet foram postos na prisão. Eles não somente foram postos na prisão, mas eles foram postos na prisão, porque presidente Erdogan abriu um processo pessoal contra eles, pedindo sentenças de prisão perpétua. Turquia tornou-se o país onde há o maior número de jornalistas sendo encarcerados. Você consegue explicar por que? Sim, neste caso estamos quebrando os recordes. Turquia é recordista. Eu acho que dois ou três anos atrás, Rússia estava em primeiro lugar. Mas depois que o estado de emergência foi declarado, seguido de uma tentativa de golpe em 15 de julho de 2016, o número de jornalistas presos chegou a 150. Muitos desses jornalistas são colocados na prisão, porque eles são vistos como defensores do terrorismo, eles são vistos como apoiadores de criminosos. Eles são, na sua maioria, jornalistas de órgãos de comunicação da oposição. Erdogan, isto tem que ser dito, é muito racional. Ele diz que somente terroristas estão na prisão. Não jornalistas. Porque para ele jornalismo é terrorismo. Ele realmente não entende o que é jornalismo. Mesmo antes, quando ainda não havia sido declarado estado de emergência, nós estávamos numa época em que todos os nossos direitos foram tirados de nós. Ser jornalista na Turquia já tinha se tornado uma profissão perigosa. E como está sendo visto na Turquia agora, todo mundo que não é pro Edorgan, é então contra Erdogan. Eu o conheço há uns 30 anos. Claro, já quando Erdem foi detido pela primeira vez, mais do que estar preso, o seu maior problema era sua esposa e duas crianças que estavam do lado de fora. Claro que tenho medo. Ano passado meu filho de dez anos não conseguia imaginar e não conseguia entender porque ele estava na prisão, porque ele dizia: “Meu pai somente escreve artigos”. Eu não quero meus filhos esperando pelo pai deles, e pelo longo tempo em que ele estiver na cadeia, por causa dessas coisas insensatas e inaceitáveis. Provavelmente ele sempre pensou que alguma coisa poderia acontecer nesta batalha. Mas eu acho que ele jamais imaginou que isto iria longe assim. Mas eu sei que ele realmente sentiu as dores depois de ter sido encarcerado. As crianças realmente pagaram um preço pela situação que vivemos no ano passado, e eles acham que agora tudo acabou. Eles não sabem de nada sobre a situação atual, porque eu não posso falar nada sobre isto. Neste momento hoje na Turquia, relatar as noticias é um elemento de transgressão. Entre jornalistas como nós, que estão relatando a verdade, e somente a verdade. Entre nós prevalece um estado de espírito: que este não é mais um país possível de se viver e que deveríamos partir. Pessoalmente eu me oponho a isto. Eu vou ficar aqui e denunciar, escrever a verdade e apoiar aqueles que dizem se opor a atual política opressiva deste país. Você tem que se colocar na situação deles. É muito difícil, mas você tem que tentar fazer isto. Você tem que admirá-los pelo o que eles fazem. Eles fazem o que eu não faria. Eu não me exporia a linha de frente daquela maneira. Nós vamos lutar, mas eu sei como viver com minhas duas crianças. Eu tenho muitos bons amigos aqui. Eu nunca vou querer ir embora. Eu nunca quis deixar minha vida aqui. Se você olhar pela perspectiva através de um século… … este país nunca foi tão estável. Mas é a primeira vez que um governo islâmico, fascista está no poder. E eles sabem usar este poder muito bem. Em Março de 2018, Erdem Gül foi absolvido dos cinco anos de prisão. No entanto, um novo caso contra Erdem Gül foi levantado. Desta vez ele pode encarar até 15 anos de encarceramento. Eles abriram um novo caso baseado neste único artigo e o julgamento está em andamento. Por causa disto eu deverei estar no tribunal novamente no dia 9 de Maio de 2018. Agora eles alegam que, por ter escrito o artigo, eu estou apoiando a organização terrorista PKK sem ser um membro. Claro que eu teria escrito este artigo novamente, porque se eu não o fizesse, eu perderia minha integridade jornalística. Eu tenho uma posição de liderança no jornal e eu perderia também minha responsabilidade jornalística. Os leitores e a população turca precisavam desta notícia e foi necessário escrevê-la. Se eu não o tivesse feito alguém outro o teria. RENUNCIE! RENUNCIE! RENUNCIE! Em 2006, eu decidi criar uma organização de jornalistas porque como jornalista e neste período em Azerbaijão, nós não tínhamos nenhuma organização séria de jornalistas que gastava tempo e energia na liberdade de expressão. Nós criamos o Instituto para a Liberdade e Segurança de Repórteres (ILSR) . E eu investi todo o meu tempo com esta ONG até 2014. Nós não tínhamos nenhuma outra maneira de iniciar a criação de uma alternativa. Porque se nós não criássemos coisas que tocassem neste assunto sério, nós teríamos que sair do país. Emin Huseynov está vivendo exilado na Suíça desde 2015. Ele foi destituído da sua cidadania em Azerbaijão. Em 2008 eu fui detido novamente pela polícia e torturado na delegacia. A polícia me espancou com a coronha do revólver na minha nuca. E após isto, eu tive que passar novamente duas vezes dois meses no hospital. Eu consegui escapar em 8 de agosto de 2014, porque o governo queria me deter exatamente naquele dia. Eu mudei minha cor de cabelo, desta cor escura, eu mudei-a para loiro. Ele me deu lentes de contato cinzas. E também tinha uma barba, uma barba branca. Ele me trouxe para o centro da cidade e dali nós passamos para um taxi. Nós fomos para a cidade velha onde estão as embaixadas, como a polonesa, suíça, italiana e outras. Eu disse “pare aqui” e eu sai do carro e fui para a rua, e simplesmente toquei a companhia. Eu imediatamente pedi proteção diplomática temporária. Quando eu entrei na embaixada, eu achei que seria possível ir no mesmo carro que o diplomata suíço. Mas quando eu entrei, eu entendi que era impossível organizar alguma coisa como uma evacuação diplomática. E então os suíços iniciaram o processo de negociação que durou dez meses. Ficar dez meses num cômodo não faz bem para saúde. É um combate mental. Eu vi meu filho pela última vez em 2014. Foi no dia em que ele foi embora de casa. Desde então nós não nos vimos mais. Eu sinto muita falta deles. Muito mesmo. Eu gostaria muito de vê-los novamente. Mas eu não posso fazer nada. Eu decidi continuar meu trabalho mesmo sendo um pouco diferente… … trabalhando fora de Azerbaijão. Seu irmão mais novo é Mehman e ele foi detido e encarcerado, e ele será solto somente daqui dois anos. O que ele fez? Meu irmão começou a usar a mídia social para denunciar oficiais corruptos de um modo satírico. Ele criou a maior revista satírica online, SANCAQ. E antes das eleições presidenciais ele já tinha 100.000 seguidores em 2014. Agora ele tem 335.000 seguidores. E parece que 30% de usuários do Facebook em Azerbaijão são seus seguidores. No Instagram ele tem 160.000. São 25% dos usuários do Instagram que lêem suas publicações. Ele não paga nenhum salário para seus empregados. Você pode imaginar que um membro do parlamento e servidor público sendo milionário, não paga salário para seus empregados? Uma pessoa assim não tem nenhuma consciência. E ele usa as mais importantes dispositivos digitais em Azerbaijão para denunciar oficiais do alto-escalão, inclusive o presidente e ministros. Foi um sucesso. Tinha milhares de re-tweets e curtidas no Facebook e isto passou uma imagem negativa da sociedade. Se é assim que a sociedade de Azerbaijão trata os seus mais fracos, é assim que queremos ser? E ele nem precisou dizer muito mais. Algumas pessoas mandavam denúncias de ocorrências nessas casas, como delatores. E ele compartilhava este material online e dizia: olhem o que estou encontrando. E depois disto ele foi detido e espancado pela polícia. Ele foi sequestrado, não detido. Nós o procuramos por 24 horas. Azerbaijão é um país muito bonito, mas não é assim com seu regime. Propaganda muito boa. Na verdade, este regime é totalmente louco. Pelo menos nove jornalistas estão na cadeia neste país, simplesmente por fazerem o trabalho deles. E os principais jornais de oposição, foram pouco a pouco reduzidos a quase nada. Você não precisa fazer um trabalho humanitário para divulgar a mensagem das pessoas. E eu acho que o caso dos irmãos Huseynov foi tão perturbador porque o que eles ainda tem como objetivo, apesar de um estar na prisão e outro na Suíça, é divulgar a mensagem das pessoas. In Janeiro de 2017, Mehman foi detido por policiais à paisana. Isto aconteceu no centro de Baku. Ele foi agredido e forçado ao chão. Depois disto eles foram embora com ele num carro de polícia. Eles cobriram a cabeça dele com um saco, vendaram seus olhos e o amordaçaram. Eles dirigiram com ele na viatura de polícia durante uma hora pela cidade. Eles me raptaram, mas eu não sei para onde. Eu senti sangue saindo pelo meu nariz. Eu não conseguia respirar no carro, pois eles haviam tapado minha boca e vedado meus olhos. Durante a noite ele foi espancado. A camisa dele estava cheia de sangue. Ele foi e bateu a cabeça contra a parede? Não é o estilo de coisa dele. Foi claro que ele foi espancado. Mehman, eles falaram alguma coisa para você? Eles me detiveram por quatro horas com um capuz sobre minha cabeça, segurando minha cabeça para baixo. Depois que Mehman Huseynov contou como havia sido torturado na delegacia, ele foi condenado a dois anos de prisão por calúnia. Mehman Huseynov nunca havia sido condenado anteriormente. Ele nunca havia se envolvido com atos ilegais. Apesar disto, o tribunal manteve a sentença de dois anos de encarceramento. Fico contente quando ele come. Eu não preciso disto para mim. Eu preciso saber que ele tem comida e eu fico contente de saber que ele não está muito longe de mim. Então, sempre que posso eu compro comida para ele. Nada muito grande, mas… Numa prisão no Azerbaijão você geralmente é torturado sistematicamente todo dia. Todos os dias você tem seus direitos violados. Não é uma questão de ser corajoso, porque prisão se tornou uma coisa rotineira para nós. Se você faz jornalismo crítico, você não consegue evitar ser encarcerado. É por isso que não pensamos nisto. Quando a gente se encontra em visitas na prisão, a gente se abraça e se beija. Mehman estava em confinamento solitário. Quando ele estava lá, não podíamos contactá-lo. Estamos presenciando uma distribuição altamente desigual de bens no mundo e a emergência de uma classe oligárquica que considera pessoas como sendo gado. Está conduzindo-o em direções diferentes e ordenhando-o de diferentes maneiras. O mundo está se deparando com uma onda gigantesca de corrupção em que politicos e homens de negócio de outros países se espelham em lugares como Azerbaijão. Quando Emin teve que se esconder e deixar o país o presidente que o sucedeu foi na verdade assassinado. O fato que após isto o próximo presidente, seu irmão Mehman Huseynov, foi detido, mostra que realmente existe uma determinação em punir aquela família. Nós estamos sendo agredidos, detidos, encarcerados. Nós estamos sendo processados em tribunais por acusações falsas. Oligarcas estão tentando desvirtuar nossas publicações e investigações. Então crime não é problema no futuro. E sim a corrupção. Então se você é uma pessoa má e você quer fazer alguma coisa, o que você faz? Você se torna um político. Você tenta capturar Estados. De modo que o Estado se transforma, na verdade, no maior receio da sua vida. Um muito bom dia e um boas-vindas caloroso a todos vocês em Joanesborgo neste dia fresco de verão. Emin Huseynov e Lawi Went se econtraram pela primeira vez durante uma conferência sobre jornalismo investigativo. Nós compartilhamos o que a gente tinha em comum: Ele também viveu cinco anos no exílio. Mas pelo o que eu entendo, quando Aung San Suu Kye tomou o poder, ele pôde voltar. Ele me disse que para ele não era possível ter um local de trabalho no seu país para organizar as notícias ou seu trabalho como repórter. Então, a maioria dos repórteres estão trabalhando clandestinamente enviando secretamente informações para fora do país. Assim, nós tínhamos quase a mesmo situação, quando eu estava na Tailândia como um jornalista exilado. Para mim é bem útil e eu me encontrei com muitos outros profissionais do universo da reportagem investigativa. Como esta manhã quando nós estávamos em conferências, tinha uma mulher do México que contou estórias assustadoras sobre como 111 jornalistas foram mortos no seu país. Quando eu ouvi aquilo, eu fiquei chocado. Nós não somos como soldados. Nossa guerra é continuar nossos relatos e sermos capazes de compartilhar isto com pessoas dentro do nosso país assim como fora, para mudar opiniões, e desenvolver um espírito crítico. E quanto tempo vai durar para se tornar um cidadão da Suiça? Vai levar 10 anos. A Suíça tem um longo processo de naturalização comparado com outros Estados. Agora eu sou uma pessoa apátrida, mas eu ainda me vejo como um cidadão de Azerbaijão. Nós estamos no meio de um momento decisivo e eu espero que jornalismo… … e liberdade de pensamento e expressão na Turquia triunfarão. Quando um país, um Estado como a Turquia or outro Estado como Azerbaijão, quando eles tomam uma decisão de impedir liberdade de imprensa, há muito pouco que podemos fazer daqui do lado de fora. Turquia é um caso interessante. Eu acho que tem a regra dos dez anos. Quando pessoas comandam um país por dez anos eles começam a ficar loucos. Não dá para ir mais fundo. Na Turquia, nós já atingimos o abismo. Está na hora de se erguer e dar aos jornalistas o oxigênio para sobreviver. Eu realmente acredito nisto. Azerbaijão pode prender seus jornalistas. Pode tentar até fechar suas fronteiras. Mas no final das contas eles não podem bloquear informações. E quanto à Azerbaijão, eu acho que eles estão indo bem. Eles estão subornando políticos no Conselho Europeu, e eles estão subornando organizações das Nações Unidas. Os bastardos têm a tendência de aprender dos bastardos. Eles estão copiando as medidas opressoras um dos outros. Precisamos nos aproximar mais dos nossos colegas, especialmente em lugares como a Turquia. Teremos que viver com jornalismo crítico, de boa qualidade trabalhando sob ameaças. Então precisamos melhorar muito na arte de identificar quem são os repórteres corajosos e investigativos por aí. Muita gente não quer que a verdade seja revelada. Na América do Norte, na Europa, jornalistas investigativos conseguem fazer seu trabalho livremente. Em muitos países este não é o caso. Jornalistas investigativos são encarcerados. Eles são mortos. Eles são excluídos. Nós somos os pregos que se sobressaem, e estes pregos atraem muitos martelos. Não é uma organização terrorista ou algo assim sendo julgado aqui. Jornalismo está sendo julgado aqui. Jornalismo não é crime..

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Megan McClure, Schuyler County. Aparecida de Goiânia: School of Music; 2019.

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