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Vassar College - Eu sou Mario Persico. Sou ator. Estou trabalhando com teatro Seja dando aula, escrevendo, dirigindo ou atuando desde 1976. Então, já vai aí uns 40 anos... E a história que eu vou contar Tem uma relação indireta com a atividade que eu faço que é o teatro. Há uns cinco anos atrás eu estreei uma peça que se chamava "Os que chegam com a noite", na verdade se chama por que essa peça ainda esta no repertório da companhia. "Os que chegam com a noite" Nós estreamos essa peça, foi o resultado de uma oficina que eu fiz na Grande Otelo, e aí lá como, na finalização das oficinas eles pedem uma apresentação e como a noite ali naquele espaço ao redor é ponto de garotos de programa eu pensei: "Vamos fazer um espetáculo que dialogue com o entorno da Grande Otelo." mas foi uma coisa rápida que a gente fez e deu muito certo, ficou legal. aí eu pensei: "Por que não aproveitar essa ideia e desenvolver com meu grupo?" Aí a gente começou a pesquisar a entrevistar garotos de programa, travestis, transsexuais, enfim. Tudo que ajudasse a compor as histórias. "Os que chegam com a noite" é a história de pessoas, sobre prostiruição masculina, na verdade. E aí envolve também drogas, Tudo que está na noite marginal. Aí paralelo à isso, e nesse período também eu sempre chegava tarde em casa, e eu tinha um cachorro, o Maconha. Maconha: O cachorro Ele tem esse nome na verdade por que ele já veio com esse nome. Ele era dos mendigos lá da rua que eu moro, e aí um dia eles abandonaram o Maconha. Maconha já estava doente, com doença de carrapato várias coisas, aí eu acabei... Eu sempre estava alimentando ele dando ração e tal mas ele não entrava em casa. Aí quando os mendigos o abandonaram ele acabou, né, fazendo parte da família. Então, eu conheci o Maconha assim, como falei, na rua de casa. Eu gosto muito de bicho, tenho cinco gatos e já tinha gatos quando peguei o Maconha. E até por causa dos gatos eu não trazia ele pra casa. Mas eu saía de vez em quando dava ração, dava água e ia embora. Aí um dia eu vi que estava começando uma tempestade e eu pensei: "Meu Deus, o Maconha". Aí eu abri a porta pra ver ele já estava assim, paradinho num degrauzinho pra entrar, olhando. Bom, aí ia começar a chover e eu deixei ele entrar, tem um portão, aí tem uma escada e depois tem uma porta pra entrar na casa. Ele ficou nessa escada, pra não se misturar com os gatos e tal. Ficou lá toda tarde o tempo da tempestade aí foi embora. Essa foi a primeira vez que ele deu uma pequena entrada em casa. Depois disso, os mendigos que ficavam com ele, sumiram da rua, ele ficou... Dormia embaixo de um caminhão que ficava sempre parado por lá. Por consequência natural ele acabou entrando. Só tinha um gato que não tinha gostado dele, mas esse gato infelizmente também sumiu, não sei o que aconteceu. Aí o Maconha foi ficando. Se deu super bem com os outros gatos os gatos adoravam ele. E ele ficou. Mas ele tem muitas histórias. As histórias com o Maconha E como eu trabalhava ficava fora o dia todo. O tempo que eu tinha pra passear com o Maconha era de manhã, antes de eu sair, ou a noite quando eu chegava. E essa noite quando eu chegava variava muito. Já teve vezes de eu sair e chegar em casa três e meia, quatro horas estar saindo com ele pra dar sua volta. E como eu moro em frente a um jardim e o Maconha era um cachorro de porte médio, manso de tudo, fazia festa pra todo mundo, mas sei lá, eu me sentia fortalecido por estar ao lado dele, então não tinha medo de sair aquela hora, e o centro é deserto. Bom, um dia, não era tão tarde assim, mas era uma e meia da manhã, eu estava com o Maconha no meio do jardim aí de repente eu vejo que vem vindo uma pessoa, um cara. Bom, e eu tinha soltado o Maconha da guia, fiquei chamando ele pra vir, pra gente ir embora, e ele não vinha. Aí o jeito agora é ficar aqui. E o cara se aproximando, e a gente sempre tem aquele preconceito, uma e meia da manhã, essa praça deserta... A primeira coisa que vem a cabeça: "Bom, vou ser assaltado". O cara veio se aproximando, se aproximando, por sorte o Maconha voltou, mas aí já não dava mais tempo de por ele na guia e ir embora. Aí o cara chegou e perguntou se eu tinha cigarro. Falei: "Não". Aí ele olhou pra mim e falou: "Ah, você que faz aquela peça 'Os que chegam com a noite'?" Aí já fiquei mais aliviado provavelmente ele se lembrou, deve gostar, ter gostado da peça, vai que é um fã, então se ele tinha alguma intenção já ficou para trás. E aí ele começou a falar que na verdade, ele tinha ido assistir por que uma das atrizes era terapeuta ocupacional, e ele era cliente dela, ela tinha indicado a peça pra eles, e vários pacientes dela foram assistir a peça, e ele foi um deles. Aí ele até brincou pediu pra que eu não contasse pra ela que ele estava naquela hora zanzando por lá. Enfim, ele foi embora e eu voltei embora tranquilo com o Maconha. A primeira vez que eu saí dar à noite a ração para ele também era um pouco tarde era meia noite e tal, eu coloquei, chamei, ele veio vindo meio temeroso. Aí começou a comer, fez uns barulhos, um ronco, assim não sei se era por que ele estava comendo, até por que eu não tinha muita intimidade com cachorro. sempre gostei, mas só tive cachorro na infância, então não tenho lembranças mais dos sons que o cachorro faz ou quando ele está à vontade na sua presença, ou não, esses códigos eu já não tinha mais tenho com gatos, sei quando ele está se sentindo confiante, quando ele está bravo, mas cachorro não tinha mais essa leitura. Aí o Maconha fez um som assim comendo, Eu já fiquei meio de longe, não coloquei a mão nele, deixei só ele comer e fui embora. Então a aproximação foi eu dando a comida e me afastando, dando a comida e afastando, até que com o tempo, fui colocando a mão nele, fazendo carinho e a gente foi criando uma relação de amizade. Mas demorou um pouquinho por medo meu mesmo. Por ele ter tido vários donos, e todos da marginália, uma vez eu estava passeando com ele, estava voltando pra casa, tinham dois caras conversando e um estava de costas pra nós. Aí de repente, quando a gente estava bem perto o Maconha pula nas costas desse cara, ele vira, aí reconhece o Maconha, e ele faz aquela festa toda, aí ele me conta que foi um dos donos, que o Maconha ajudava ele a bater carteira. Nem imagino como era isso, até por que em casa o Maconha era um santo, naõ ligava pra nada. Mas essa foi uma das histórias. Outra mais legal eu acho pro Maconha encontrei outro ex-dono dele que fez aquela festa quando viu o Maconha, e falou: "Esse cachorro me ajudou a ganhar muito dinheiro". Falei: "Ah, é, como?" "Ah eu trabalhava catando garrafas descartáveis, coisas assim, aí um dia eu estava na rua pegando essas garafas, aí o Maconha atravessa a rua, pega uma garrafa que estava do outro lado e traz pra eu colocar no saco. Aí um senhor ia passando, viu, me deu R$10,00 e falou: 'Parabéns pelo cachorro'". Quer dizer, tem esse ponto positivo também da história marginal do Maconha. Enfim, mas era um cachorro, um vira-lata especialíssimo, ele nem sequer latia. Nos seis, sete anos que ele viveu comigo, acho que se vi ele latindo, umas três, quatro vezes foi muito. Era um boão, mas um cachorro muito especial mesmo. Os últimos momentos No final ele, acho que até mesmo em função da doença do carrapato, que ela não se cura, cada vez que baixa a imunidade ela volta. Ele teve três crises. Ela voltou três vezes, e na última ele ficou com insuficiência renal, não sei se por excesso de remédios, Enfim, aí eu tive que levá-lo pro veterinário pra fazer aquela... um soro, toda uma coisa complicada que não dá pra fazer em casa. Então ele teve que ficar internado, aí ele ficou acho que uns três, quatro dias, acho que no quarto dia de manhã a veterinária me ligou falando que ele estava indo, se eu iria para lá, eu fui, peguei um táxi, mas eu não cheguei a tempo de pegá-lo com vida. Quando eu cheguei ele já tinha ido, daí eu nem sequer quis vê-lo, preferi a lembrança de como ele era. Foi para ser enterrado, mas eu só não o vi mais depois de morto. Eu visitei enquanto ele estava na clínica, todo dia. Eu ia lá, ficava um pouco com ele, mas depois de morto não. Uma mensagem... Eu... Eu sei... Eu acho que a gente vai se encontrar de novo, e aí só peço pra ele ter paciência se eu demorar muito por aqui. É isso. Os gatos Tem o Mêndigo, que é um gato branco, peludo, imenso, pesado, que é Mêndigo por que era Mendigo antes de morar em casa, agora ele é Mêndigo. Tem a Mardita, que foi a primeira gata, uma mestiça de siamês. A Dara, Mila e a Batz. São quatro gatas na verdade e um gato. Todos castrados pra família não progredir muito. Travessuras O Mêndigo, o gato branco, ele mais a Mardita são os dois únicos que saem pra dar uma volta dentro da vila ali que eu moro. O Mêndigo às vezes volta com um passarinho na boca, um pequeno camundongo, ou um lagarto. E na verdade eles fazem isso pra te presentear, eles trazem como um brinde pra você. Aí às vezes o Mêndigo não volta, eu sempre solto ele à noite, às vezes está ficando tarde e ele não volta, e eu quero ir dormir, Só que daí. às vezes, eu fico com medo dele voltar com algum desses presentes e trazer na minha cama, e eu acordar com algum camundongo morto do lado. Aí quando aconte isso, eu deixo a porta do meu quarto fechada pra evitar alguma surpresa. Mas pelo menos uma vez por mês ele chega com uma rolinha, filhote de rolinha, ou um pardal... Uma vez ele trouxe um camundongo, uma coisa gozada que é o instinto, tanto o camundongo, como os passarinhos, eles ficam imóveis, se fingem de mortos, por que o que atrai o gato é o movimento. Tanto que eles até dão com a patinha pra ver se o bicho se mexe pra eles continuarem, e eles ficam imóveis. Um desses camundongos que ele trouxe estava assim imóvel, quando eu fui juntar com a pá ele saiu correndo e aí entrou num buraco que tinha lá no quintal. Então você nunca sabe quando eles estão mortos, ou fingindo de mortos quando vem na boca dele. Passarinho também já aconteceu, não com o Mêndigo, com outro gato, era um pardalzinho, eu consegui abrir a boca do gato aí o pardal saiu voando. O pior é que eles não fazem isso por que estão com fome. Por que é instinto pegar algo pequeno que se mexe mesmo. Retorno "Os que chegam com a noite" Essa peça que eu falei "Os que chegam com a noite" nós devemos estar retornando com ela aqui no espaço do Teatro Escola Mario Persico depois do carnaval, ou mais provavelmente no final de fevereiro. Vamos fazer uma pequena temporada antes de mudar pra outros espetáculos. A temporada será aos sábados e domingos às 20 horas, O ingresso R$10,00 e R$20,00 antecipado, terceira idade e estudantes pagam meia. Estão todos convidados, venham conhecer "Os que chegam com a noite". Legenda e sincronização Carlos Oliveira -.

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Denise Graves, 2nd Avenue zip 10022. São Félix do Xingu: Alfred; 2006.

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