North Country Community College - Nessa semana o Átila, lá do Nerdologia, me mandou uma sugestão de pauta que é um desafio que tá acontecendo lá no Japão. As pessoas pegam papel alumínio e começam a formar uma bolinha de papel alumínio. Você já deve ter feito isso quando tem um papel alumínio que você descascou um bombom ou alguma coisa assim, você amassa e forma uma bolinha. Eles estão fazendo isso só que vão colocando cada vez mais alumínio, até formar uma bola grande, e essa bola eles vão trabalhando, martelando, lixando e etc, até que ela fica parecendo muito uma bola macica de alumínio. Uma bola de metal brilhante quase perfeita. Vocês imaginam que eu nem devo ter ficado tentado a fazer esse desafio, né? Então bora lá. Vamos tentar fazer essa bola de alumínio mais perfeita possível, e vamos tentar aprender alguma coisa no meio do caminho, que é isso que é importante aqui no Manual do Mundo também. Fechou? Eu vou começar com esse rolo de papel alumínio que eu comprei no supermercado aqui do lado. Ele tem 7 metros e meio de comprimento, e quarenta centímetros de largura. Custou 3 reais. Eu não sei se isso aqui é suficiente não, mas se não for tem mais alguns que eu deixei de lado ali que se a gente não for usar na experiência a gente usa lá em casa. Vou começar fazendo uma bolinha pequena, e eu já vou martelando para o alumínio ir se compactando aqui. Ó, aqui eu to me aproveitando duma propriedade que os metais tem, e o alumínio tem muito, que é a maleabilidade. O que é isso? É a capacidade que um material tem de você amassar ele e ele virar uma folha. Quanto maior for, mais fininha for essa folha, mais maleável vai ser o material. E o alumínio é super maleável,né. Dá pra a gente amassar ele e transformar uma folha super fina. É por isso que existe o próprio papel alumínio. E eu to amassando aqui, apesar de não transformar numa folha, To tentando fazer uma esfera de alumínio. Olha, rende mais do que eu imaginada, viu... Acho que eu não usei nem um metro de alumínio aqui, e já ta com uma bolinha decente. Também é um bom exercício de musculação ficar com uma marreta de dois quilos batendo em cima desse negócio. E eu já percebi que vai longe, viu. To quase querendo acabar já com esse rolo, viu. Um rolo de sete metros e meio por 40 dá uma bolinha desse tamanho. É mais ou menos uma bola de sinuca. Pode parecer que ela tá pesada, porque você tá vendo metal, e metal costuma ser bem denso, mas acho que não tá muito não. Vamos colocar na balança aqui. 65 gramas, não é muito não. Óbvio dizer que eu não iria me contentar com aquela bolica de alumínio, vamo fazer esse negócio engordar mais um pouco, né? Fazer um negócio um pouco mais impressionante. Afinal de contas, não quero que seja um vídeo daqueles frustrantes que o resultado final seja uma coisa meio porcariazinha não. (música agitada de fundo) Bolinha de dois rolos de papel alumínio, e não é por nada, mas eu to curioso do que acontece se a gente der uma chamuscadinha com o maçarico nisso aqui. Vou deixar em cima de uma base, que é só para não pegar na pedra se não ela racha. Eu achei que dá uma alisada, mas menos do que eu imaginava. Vamos botar mais uma folha aqui que eu ainda to achando essa bolinha pequena. Mesmo com essa luva de couro aqui eu quase queimei minha mão nesse negócio e lembrei de mais uma propriedade do alumínio. Ele é um ótimo condutor de calor. A gente bota a energia térmica nele, ele fica quentão, ele transfere isso para a sua mão de um jeito muito rápido. Ou seja, é muito fácil de queimar a mão com alumínio. Mais um interesse matemático aqui, é que essa bola cresce cada vez menos com o papel alumínio, porque, no começo é muito fácil. Um quadradinho de 30 por 30, você já forma uma bolinha. Ai você envolve a bola fácil porque ela tem muito pouca área. Só que ela vai ganhando cada vez mais área, e ai você precisa de cada vez mais papel alumínio pra conseguir colocar uma camadinha a mais em volta da bola. Se você quiser saber porque que um lado do alumínio é brilhante e o outro é fosco, eu respondi lá no vlog do Manual do mundo e to deixando o link ai, fechou? Se você não conhece o vlog ainda, que falta de vergonha hein. Tem muita coisa bacana lá. A sensação muito louca, que talvez não dê para passar em vídeo, é que isso aqui, agora que eu acabei de enrolar ta mole. Eu dou uma marretada aqui, ó. E ele vai achatando. Só que chega num ponto que não vai mais. Já é a bola de dentro que tá maciça e não deixa o alumínio de fora entrar mais. Então eu vou amassando até chegar nesse ponto, formo um cubo. E dai eu vou matando as arestas dele. Olha, você que não gosta de puxar ferro mas gosta de fazer experiência, Esse aqui é um ótimo exercício. 18 reais de papel alumínio, 6 rolinhos, era 65 gramas o primeiro, né? Então ele vezes 6, cento e... 36, 360, mais 6 vezes 5, 30. 390 gramas. Agora a gente tem duas tarefas pesadas nisso aqui. A primeira é tentar transformar essa bola tortinha numa esfera perfeita. Para isso eu vou ter que bater muito em volta dela. Olha, num tá uma esfera perfeita, perfeita. Mas dá pro gasto. Aliás tem uma coisa interessante. AS pessoas acham que o formato do planeta terra, por ele ser um pouco mais achatado nos polos, ele seja um geoide, geoide quer dizer o formato do planeta terra, ele seja um geoide muito esquisito, que num é uma esfera, que olhando de longe é todo estranho. Num é não. Se olhar de longe o planeta terra, ele parece uma esfera absolutamente perfeita. A olho nu você nunca vai conseguir ver essa diferença de achatamento nos polos não. Mas vamos lá, vamos para a segunda tarefa, que é reforçar uma propriedade dos metais que é o brilho. Esse negócio tá brilhando mas tá todo irregular. O brilho nada mais é do que você ter uma superfície lisa, extremamente lisa, mesmo se você olhar muito de perto. Porque dai os raios de luz batem e saem ordenados. Se o negócio for opaco via um raio de luz pra cada lado, e ai ó... Num tem brilho nenhum. Porque a superfície tá rugosa, ela tá irregular. Então agora vamos ter que dar um jeito de tirar todos esses buraquinhos aqui que fazem essa bola parecer a lua. Vou tentar de novo o maçarico para ver se dá em alguma coisa. Na real ao invés de derreter o alumínio o que tá acontecendo é que ele estufa as bolhas de ar que tem lá dentro, porque com mais... quando o ar tá mais quente ele ocupa mais... tende a ocupar mais espaço, ele tem mais pressão. E alisar que é bom num tá acontecendo não. Não vai no esmeril. To tentando lixar. Eu já consegui um resultado bem bacana. Olha de pertinho aqui. Essa região você pode ver que ela tá ficando lisa, ela tá sem buraco, tá bem certinha. Acho que é esse caminho que a gente tem que começar a seguir para conseguir uma bola bem brilhante. Como a gente tem lixadeira aqui, acho melhor usar porque esse trabalho vai longe. Vou começar com uma lixa 120, e depois eu vou subindo. Os defeitos maiores da esfera, eu tenho que resolver nessa primeira lixada, porque depois eu vou usar lixas mais finas, elas não vão conseguir tirar um buraco que estiver aqui por exemplo, que eu poderia tirar com a primeira lixa. Tá dando certo, mas eu to percebendo que isso aqui vai ser absurdamente trabalhoso. Eu já tentei com a lixa um pouco mais grossa, com a lixa 100, e num sei se fez muita diferença. vou tentar um método um pouquinho mais forte. Não corte lixa em casa com uma tesoura boa. Essa aqui é de 2012, e ela já tá toda zoada. A gente usa aqui para fazer essas coisas. Começou a melhorar hein. Olha só, eu tenho a impressão que a furadeira até meio que tampou os buracos empurrando um pouco de alumínio em cima de onde tinha uma falha. Tá um pouco dificil de entender onde eu já lixei e onde eu ainda não lixei. Então eu vou pintar a bola com canetinha, e conforme eu for lixando essa pintura vai saindo e ai eu sei que naquele lugar já passou a lixa. E agora é a 220. Eu já subi um pouco, uma lixa bem mais fina. Você pode perceber que a bola tá ficando bem mais brilhante já. Olha, num tá perfeita ainda, mas eu jamais diria que essa bola aqui é papel alumínio. Hoje, é um novo dia, de um novo tempo, que começou com uma lixa 320. Eu li que cada vez que a gente muda de lixa, vai deixando mais fina, tem que aumentar em 50 por cento o numero da lixa. Eu tava no 220, e como não vai ter 330, que seria mais 50 por cento, eu vou no 320. Essa aqui já é uma lixa d'água, é uma lixa que se usa com água, porque a água ajuda a tirar aquela meleca que vai empastando na lixa. Conforme você vai lixando, vai saindo o pozinho, ele vai grudando na lixa com a água isso vai acontecer muito menos. Não pense que a lixa vai se desfazer na água não, porque olha aqui. A bichinha é a prova d'água. Como tem que ser na água, dessa vez eu não vou ter como fazer na furadeira. Mais uma vez eu vou pintar a bola de preto e tentar tirar essa marca de canetinha eu vou sabendo aonde é que eu lixei. Já dá para você sentir uma textura bem diferente na bola. Vamos para a ultima lixa que é a 500. Eu não consegui achar nenhuma com o numero maior, mais fininha. Mas acho que isso aqui já vai chegar num ponto bem interessante. Acabou a parte da lixa, e como eu não vou usar mais a canetinha, e como eu já abusei da canetinha, eu vou lavar um pouquinho a bola com álcool, para tirar o preto de canetinha que ficou nos buracos aqui. Porque é uma coisa que... ó! É uma coisa que tá deixando essa bola mais feia. Chegou a hora de começar a polir e lustrar esse negócio. Eu não faço a menor ideia, não sei como fazer isso. Então eu vou tentar com alguns tecidos que são mais grossos, começando com couro. e depois a gente vai usando coisas mais finas. Vamos ver se isso aqui fica brilhante que nem um espelho. O couro tá polindo mais ou menos. Eu vou tentar usar uma pasta de polir que eu tenho aqui de uma ferramenta que eu comprei. Talvez dê alguma ajuda. Isso aqui tem um pouquinho de abrasivo dentro, que são pedrinhas microscópicas que ajudam a lixar milimecro...mente o alumínio. A câmera num pego, mas a bola saiu voando da minha mão e caiu no chão. Ai ela sofreu umas avarias aqui. Mas acho que a gente consegue dá um jeitinho mais ou menos. botei agora um pedaço daqueles cobertores cinza, que ele é um pouco mais macio do que o couro. Vamos ver se agora dá um brilho mais fino. Agora polir com a micro retifica, para ver se pega um pouco mais de brilho, que aquele cobertor lá num adiantou nada. Vou tentar riscar ele pelo menos até metade aqui. Bora ir para os recursos finais. Cera automotiva. Depois de quatro lixas diferentes, quatro jeitos de polir diferentes, meu braço quase não está levantando mais. Olha só como ficou a nossa bola de metal. (pessoas admiradas em coro) OH! Olhando essa bola ai no vídeo, pode tá dando a impressão de que ela é pesada. Mas ela não é tão pesada assim. Quando você pega ela na mão surpreende do quanto ela é leve. Será que esse negócio boia na água? Antes de eu soltar, coloca ai nos comentários você acha que vai afundar ou se vai boiar na água? Minha aposta é que vai boiar. Meu, deu quase exatamente a densidade da água. Sobrou muito pouco em cima. Parece um iceberg. Agora a densidade do alumínio de verdade é 2,7. Um ml de alumínio teria 2,7 gramas. Então é muito mais denso do que isso aqui. Isso quer dizer que mais ou menos metade do volume dessa bola é ar. Mas não sei se vocês estão com vontade, mas eu to com vontade de ver o que tem dentro dessa bola de alumínio. Bolinha, foi bom o tempo em que estivemos juntos, mas a minha curiosidade é maior que meu amor por você. (música agitada de fundo) Não dá para ver praticamente nada de ar. É uma falinha ou outra aqui. Olhando parece que é quase alumínio denso, alumínio puro. Uma coisa legal que aconteceu, é que metade da bola começou a descamar. Começou a soltar as camadas. E eu fiquei pensando como que a bola não desmancha, né? Como que ela num solta todinha enquanto a gente tá trabalhando com ela? Uma coisa que é fácil de pensar é que ela funciona que nem se fosse uma bola de linha, né. Você vai enrolando a linha em volta dela mesma, e a linha que tá em volta começa a apertar a que tá dentro e não tem como ela desmanchar. Mas uma coisa que eu não... confesso que eu não entendi dessa bola, e se você tiver a resposta você bota ai em baixo, é como que na ultima camada ela não fica soltando folhinhas de alumínio. Porque a gente lixou pra caramba, fez até um teste aqui, se a gente martelar um alumínio em cima do outro, se ela cola, e ela não colou. Então... Não entendo como é que a camada final do alumínio não começa a soltar escaminhas..
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Uberlândia:
Susan Parson, Chenango County: St. Thomas Aquinas College, Sparkill. Salvador: Pace University; 2016.
Michelle Hubbard, Richmond. Barra Mansa: Sisters of Charity of New York; 2019.
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