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Hofstra University - Legendas: Félix Bernardo Uma questão Que significa viver? É a questão que atravessa os 4 livros Que vos apresento esta noite. Michel Onfray Boa noite! Boa noite! Você é filósofo. Fundador da Universidade Popular de Caen Você acaba de publicar o quinto volume do seu diário hedonista "O magnetismo dos Solstícios" É o título deste quinto volume. Publicado pela Editora Flamarion E a continuação desse jornal Através de uma quarentena de capítulos breves, curtos Que tratam da arte, da leitura, da música Dos seus encontros, igualmente. Você coloca esta questão: Como levar, realmente, uma vida filosófica? Resposta nestas páginas e nesta emissão. Michel Onfray Vamos começar esta emissão consigo. Se você não se importa Toda a gente conhece, apesar de tudo, a sua reputação Sobre o seu trabalho de filosofia. Sobre você. Você, o personagem que se tornou. Mas escreve frequentemente A reputação é a soma de mal-entendidos Para evitar, se desejar, todo o mal-entendido. Sobre o seu trabalho e sobre você mesmo Porque você é um cliente desta emissão Nós mergulhámos nos arquivos da Grande Librairie Florilégios, das suas passagens, Michel Onfray, sobre este palco. É uma maneira, talvez, deixá-lo responder À questão: Quem é Michel Onfray? Vejam! Não gosto dos bandos, as matilhas, a tribos. Estou muito bem no meu sertão. Eu prefiro as pessoas de baixo, as pessoas simples da Universidade Popular. Do que a pequena corte parisiense. Nos arquivos da Grande Librairie, como na filosofia, Michel Onfray forma um bando à parte. Nem Deus nem mestre poderia ser a sua divisa. Sobretudo quando os mestres em questão se chamam Sartre ou Freud. Freud é alguém que detestava a filosofia. Que pilhou abundantemente os filósofos. A noção de inconsciente não foi inventada por Freud Há textos de Nietzsche onde se diz claramente... em "Assim falou Zaratustra" O Mundo como vontade e como representação de Schopenhauer Sartre é um professor, saído da Escola Normal Superior. Da qual Nizan dizia ser: "A escola dita normal dos pretensiosamente superiores". Isso lhe agrada muito, não sei porquê. Desde que possa haver maneira de arranhar, de abalar, um pequeno estalo. De citar (Paul) Nizan... ... à instituição, isso lhe agrada! Sim. Porque toda a gente está de acordo, ou quase... para se saber que os ENAfes são uma catástrofe na política. Não se diz tantas vezes que os normalianos são também igualmente catastróficos. Mas depois de 6 anos no palco da Grande Librairie Com Michel Onfray É também questão de hedonismo, de amor e muitas vezes de pedagogia. Uma filosofia existencial é uma filosofia que nos diz: o que podemos fazer da nossa existência. Como é que podemos conduzir a nossa vida. Kierkegaard, do qual você falava há pouco (...) Resposta, num primeiro tempo: Sim à vida! Um grande sim à vida! E num segundo tempo: Sim ao que é aceitável e a revolta contra o que não é aceitável! É preciso amar raramente para amar muito? (NT: O mito de Sísifo, A. Camus) Resposta? Eu sinto que os nossos telespectadores estão a se dizer: Será que isto me diz respeito? E sim, isto diz respeito a cada um. Este tipo de frase! Diz respeito a todo o mundo, Michel Onfray. Sim sim, claro. É por causa disso... A si também. Não não, a mim não! Há um grande mal-entendido sobre o hedonismo que eu defendo desde sempre. É que há um júbilo não ao deserto, porque não é um elogio do deserto. Mas sim uma jubilação à floresta. Um júbilo à Natureza. Uma jubilação ao silêncio. À meditação. Talvez eu leia muito. Trabalhe muito. Escreva muito. Fale muito e dê muitas conferências. E me digo por vezes: - Tu não meditas o suficiente. Haveis vós dito o essencial, Michel Onfray? Vocês mo fizeram dizer, o essencial! Sim, no final, eu penso que não medito o suficiente... sim. É preciso efetivamente, saber se encontrar diante de uma paisagem, diante duma lareira. Diante do nascer ou do pôr-do-sol, do mar. Diante... dos grandes cenários da Natureza como esses. Para se encontrar verdadeiramente consigo. Mais que... ler bibliotecas ou engolir obras completas. Metemos sempre os livros entre nós e o Mundo. E eu penso que quanto menos se meter os livros entre nós e o mundo, melhor é. É um arrependimento? Isso parece paradoxal, na dinâmica de um filósofo que produz enormemente, que anima sempre, e sem descanso, há uma dezena de anos, Essa Universidade Popular de Caen que, felizmente, Se disseminou, um pouco por todo o lado, em França. Arrependimento. Então como fazer? Não não, não sou do tipo de me arrepender. Eu sou do tipo de tentar não falhar o que se segue... Dizendo-me: Bom, o passado é o passado. Não sou nostálgico, dizendo: Era preciso... eu devia... Não, passou-se assim. Comecei a empreitada da Universidade Popular E isso vai ser um trabalho considerável. Foi preciso ler muito, muito, muito E depois o corpus é limitado. A história da filosofia é como a história da música clássica. Não refazemos os inéditos de Chopin ou os inéditos de Mozart. Vamos buscar uma contra-história, em alternativa? Sim. E mesmo e quando fazemos isso que é um pouco também Uma forma de fazer a história da filosofia. Nós lemos muito e num momento dado dizemos: - E agora, que devo concluir de tudo o que tenho lido? Será que isto me aproximou do essencial, da verdade ou do que preciso verdadeiramente saber? E depois... Espere, isso é apaixonante. Que resposta dá a esta questão: Você que tanto leu, falou, será que isso o aproximou da verdadeira vida, do saber e da verdade? Não, penso que isso afasta bastante, também, por vezes. E que, por exemplo, a morte do meu pai (morreu no colo de Michel Onfray). Ensinou-me mais coisas que a leitura de todos os livros que eu pudesse ter lido sobre a morte, por exemplo. A morte da minha companheira (eutanasiada por Michel Onfray) Enfim, há momentos assim na existência, nos quais aprendemos mais que digerindo bibliotecas. E há poesias. Eu penso em François Cheng, por exemplo. Onde há momentos em que a poesia vai mais rápido Para dizer coisas essenciais que um tratado de filosofia. Nos dizemos, por vezes, a filosofia ela dificultou o pensar o mundo. Ela impediu o pensar o mundo. Ou seja fizemos glosas. Cessámos de olhar o mundo. E começámos a olhar o livro que diz o mundo. Eu penso que os incultos sabiam mais do que nós As pessoas que não liam, os iletrados, sabiam mais do que nós. Porque eles olhavam a lua, o sol, o halo à volta da lua. Isso significa qualquer coisa para eles. As estrelas. Eles podiam explicar o por quê das estrelas como..., o por quê do céu encoberto ou não. E nós começámos, num determinado momento. - devemos nos entender sobre isso - sobre a questão das 3 religiões do Livro. Houve um momento em que nos disseram: A verdade do mundo não está no mundo mas a verdade do mundo está no Livro que diz o mundo. E nos disseram, eis aqui: O Talmude, a Bíblia, o Corão. E começámos a ler. Começámos a fazer a hermenêutica. Quer dizer o corte de textos. Nós desossámos os textos e depois olhámos o Livro e cessámos de olhar o mundo. E o que me vem à cabeça, depois de ter lido tanto, depois de ter comentado tanto, ou depois de ter feito tanta hermenêutica. É de me dizer: - E se tu fechasses um pouco teus livros para olhar um pouco, o céu, a Natureza, etc.? Portanto, sim, por vezes o arrependimento de não ter meditado tanto como era preciso. Então, estamos mo coração, justamente, do que eu acho, pessoalmente, apaixonante no seu projeto. Por um lado grossos volumes da contra-história da filosofia: o leitor Michel Onfray. E depois, do outro, aquele que tem um diário. Há 5 anos que nós esperamos a continuação deste diário hedonista. No qual você conta emoções. No qual você anota os encontros, por vezes aborrecimentos ou enervamentos. Mas muitas vezes admiração pela pintura, pela leitura, música, pela ordem das coisas, pelo Universo. E por vezes mesmo pelas ciências. O que é este diário? É um diário íntimo? É um trabalho filosófico? Como definiria você este diário hedonista? É um diário nietzschiano, nesse sentido. Nietzsche nos dizia que a filosofia vem de um corpo. De uma experiência. De encontros. Eu tenho a sorte de encontrar sobre os palcos pessoas que trabalharam sobre assuntos, sobre questões. E quando regresso (ao sertão), penso no que se disse, talvez isso vá dar uma página. Isso vai-me estimular a ler, ou a reler, quando li... Portanto o diário, é sobretudo isso. Não é de maneira nenhuma o estado das minhas digestões. Dizendo: Eu me levantei, dói-me a cabeça, bebi demais ontem, eu encontrei a minha (...) Não é esse o tipo de diário que me interessa. Nesse sentido é um diário que é quase um anti-diário. Mas eu não quero abusar. Fiz um anti-manual, uma contra-história da filosofia. Sim, não vai fazer ainda um anti-diário... Mas o diário... Mas ao mesmo tempo, espere... é um anti-mim. Quer dizer que você, a sua identidade, não se resume aos seus (...) de estômago e às suas digestões. É o quê a identidade, para si? É a soma daquilo que nos tornámos quando se atravessou uma época. Com uns pais, um meio, uma educação, uma civilização, leituras. Os indivíduos que tiveram sorte, na nossa existência. Eu tive a sorte de ter um velho mestre, que você conheceu também: Lucien Jerphagnon Portanto são encontros que fazem com que nós nos tornássemos no que somos E que nós assumimos esse trajeto. Portanto uma identidade é poder dizer: Num determinado momento eu me tornei isto. À priori não somos nada, tornamo-nos no que somos. E uma identidade é o que nos tornámos depois de, teoricamente, um longo trabalho. Mas eu tive a sorte de fazer esse longo trabalho. Porque estudei filosofia na universidade. Tornei-me professor. E depois escrevi, etc. E depois há muita gente que não pode. Quando se trabalha na fábrica. Quando se é caixa. Não temos o tempo de nos construirmos. De esculpir a sua própria existência. Portanto a identidade de alguém a quem apenas disseram: você é uma engrenagem numa máquina. É problemática, essa identidade, por definição. Quando se é filósofo, quando se é físico, poeta, quando se é, quando se é neurologista. Temos o tempo de pensar, de se pensar, portanto de se construir. E aí nós nos construímos identidade. Eu coloco esta questão da identidade, porque, precisamente. Neste diário, você regressa à natureza da filosofia Você faz tremer alguns dos grandes mestres do pensamento Mas você regressa ao que chama a Natureza filosófica da criança. Deveria nos desenvolver um pouco esse ponto. Afinal eu nasço filósofo, porque somos todos filósofos e só alguns o continuam a ser? Ou pelo contrário a filosofia é algo que acabamos por adquirir, será que nos tornamos filósofos? Ou será que cessamos do ser? Sim, eu disse efetivamente que nós nascemos filósofos e somente alguns o continuam a ser. Porque... Geralmente é: nós nascemos todos doidos, só alguns o continuam a ser. Eu não acho que a loucura seja consubstancial ao nascimento e à infância! Pelo contrário há uma grande razão nas crianças que perguntam "por quê". Que querem saber. Por que é que a noite é negra, por que a água molha, por que o avô morreu. Por que o pequeno gato se tornou um gato velho. Por que, etc. Enfim. As crianças colocam questões que são grandes questões de ontologia, de metafísica, de filosofia. E depois os pais renunciam a responder porque não têm, forçosamente sempre, os meios intelectuais. Ou o tempo. Por vezes dizemos: não sei mas vamos encontrar numa biblioteca, vamos procurar num livro. Depois, há um momento, em que as pessoas acabam por renunciar a responder às questões. E desde que se entra na escola, pede-se que você responda a questões que você nunca colocou. E dizem-vos: agora, se você quer ser um bom aluno Saiba qual é o PIB de Portugal! (N.T.: RS 50.668 per capita) Naturalmente ninguém é levado a se colocar essa questão. Não de imediato... sim. Sim, mas mesmo, eu digo que aprendemos na escola, coisas totalmente inúteis. Dizem-vos: as questões que te colocaste cessa das colocar Em troca aprende as respostas a questões que não te colocas. Efetivamente isso desespera um certo número de indivíduos e alguns resistem a isso. E esses que resistem a isso, dizendo-se: - Eu persisto com as minhas questões, eu quero as minhas respostas. Vou procurá-las. E bem, esses são os naturais filosóficos. E em seguida podem-se tornar filósofos de profissão porque terão aprendido na Universidade. Quem pensou o quê, quando, como, de que forma. E depois disso, um dia talvez, escrever livros de filosofia E ser convidado do programa de François Busnel (La Grande Librairie) E voilá! Partimos de um questionamento de criança E acabamos um dia com um estatuto de filósofo mas o filósofo não é necessariamente É mesmo, raramente, alguém que escreve livros de filosofia. Mas quem é (filósofo) hoje? Porque você faz a apologia, livro após livro, vamos dizer, de uma filosofia que seria a de Diógenes e Demócrito. Os seus dois avôs! Quem são eles, no século XXI, hoje, aqueles que sabem levar uma vida filosófica, conforme àquela de que fala nos seus livros, a de Diógenes e Demócrito? Há vidas filosóficas e há vidas onde há filosofia, não é necessariamente a mesma coisa! A vida filosófica será a de um filósofo que haja ensinado coisas e que as praticará! Quer dizer... Portanto a coerência? Voilá! Coerente com o que se diz e o que se escreve. Absolutamente! Absolutamente! Mas isso se pode fazer sendo católico. Por exemplo me disseram: -Você não gosta dos católicos! Por exemplo, eu digo... Não! Peço simplesmente aos católicos que o sejam! Eu peço que... Sim, você não gosta deles! Não! Não é isso! Eu digo, eu digo: Tem-se o direito de ensinar o amor ao próximo, o perdão dos pecados E quando eu lhes digo: mas vocês não o fazem! Levo uma chapada na cara. Eu digo: Bah, estranha maneira de praticar o amor ao próximo. Portanto eu digo: Estejam à altura daquilo que ensinam! Ou os ecologistas Encontrei uma grande figura da ecologia, há algum tempo, que me dizia, a figura, que apanhava um avião todas as semanas. E digo: -Bom dia Sr. Efeito Estufa! Não somos obrigados a ser ecologistas mas se queremos ser ecologistas levamos uma vida de ecologista. Não somos obrigados a ser católicos mas se somos católicos levamos uma vida de católicos. Ou budistas. Eu vejo budistas que são especialistas em puteiros e que dão os endereços aos amigos que... Assisto a coisas deste tipo absolutamente siderantes! Estas são as contradições entre o que (dizemos?) e o que somos. É a incoerência! Peço aos filósofos que façam o que dizem e digam o que fazem. Como Bergson dizia: "Julguem-me pelo que faço e não pelo que digo! Ele tinha razão. E se tomamos esse princípio Descobrimos que muitas pessoas que são apresentadas como filósofos não o são E que muita gente que não sabemos serem filósofos por vezes o são. Tivemos há algum tempo uma ministra que nos fez saber que tinha um cancro Eu vi no 89, por exemplo, uma senhora dizendo: - Mas eu também. E não se fala disso! Há pessoas que ante o sofrimento, a doença, o luto, face à morte. Que estão diante da sua vida quase acabada. E que lhe dizem: Voilá, restam-lhe 3 meses de vida! Vão viver melhor que Séneca, melhor que Marco Aurélio, melhor que os filósofos da antiguidade. Precisamente porque vão colocar a filosofia na sua existência mas isso não faz barulho, isso não se vê. E se é uma empregada de caixa que faz esse tipo de coisa e que é grande e que está à altura, Não dizemos que ela é filósofa e contudo ela foi-o! São portanto filósofos do silêncio, filósofos encobertos Que não aparecem como filósofos de profissão. Mas é isso que me interessa! Ela está lá, a verdadeira filosofia! Voilá! Ela está lá, Na vida de todas as pessoas que não são filósofos profissionais mas que podem colocar a filosofia nas suas vidas. Há neste "Magnetismo dos Solstícios" um capítulo absolutamente formidável que se chama "Arder de um calor removido"! Capítulo no qual você lista, aquilo que a você chama os imperativos para uma vida filosófica Você evoca o luto, você evoca a doença Quarto imperativo, eu leio-vos: Rir da morte! Seriamente, até onde o podemos fazer quando se trata da morte de pessoas muito próximas Eu lhe coloco a questão, Michel Onfray, porque você publica e você já o disse há pouco Um livro muito belo, na Editora Galilée, que se chama um Requiem ateu. E esse livro é dedicado à sua companheira falecida há alguns meses. Rir da morte? Até onde? Como? É rir, com um riso especial, evidentemente. Não vamos ter o rir, o riso rabelaisiano e o riso jocoso nesta circunstância! Mas pelo menos há uma aflição a não ter que faz que pelo menos devamos ter um sorriso. Porque a morte nós sabemos que existe. Foi-nos apresentada, lemos eventualmente sobre esse assunto depois um dia ela estaciona na sua casa! E depois a doença está lá, e pode durar, muito tempo, 13 anos, no que respeita à minha companheira. E portanto, é preciso compor com isso. Quer dizer, subitamente, o texto de Marco Aurélio, o texto de Séneca Não é mais um texto de biblioteca. É um texto que levamos connosco para acompanhar a nossa companheira às quimioterapias. Para acompanhar a nossa companheira a uma operação, esse tipo de coisas. E nos dizemos: - Isto funciona ou não funciona? Perdoe-me: E isso funciona ou não funciona? Sim, claro que funciona! Felizmente! Felizmente. Mas não é suficiente. Isse não impede a pena. Isso não impede a dor. Isso não impede o sofrimento Isso não impede as lágrimas Mas isso permite construir qualquer coisa. Quer dizer construir um luto. Quer dizer: de ocupar o seu lugar num mundo. Onde está uma ausência que está essencialmente presente. É isso a morte. Em permanência há uma ausência que está lá e é preciso compor com isso! Portanto é preciso reajustar a nossa existência Isso me ensinou a me desfazer de coisas às quais dava importância e que me parecem agora ainda mais vãs. Quer dizer, dizemos o dinheiro... Quais? Quais coisas, por exemplo? Não posso ainda dizer-lhe, hoje, claramente. Porque gostaria de estar à altura daquilo que concluí. E não gostaria de concluir coisas do tipo, digamos: Eu não estou à altura daquilo que pensei para mim mesmo. Mas eu no estado daquele que está pronto para meter fogo aos seus barcos! (N.T.: proverbio normando?) Verdadeiramente! Já não dou importância a grande coisa, não mais. Dava importância a um certo número de coisas, e dou cada vez menos E está a fazer-se, está em construção Tento encontrar um lugar. Sobreviver é uma violência! Sobreviver é uma violência! Uma violência que nos fazemos a nós mesmos. Portanto nós concluímos um certo número de coisas. Temos tempo. Porque nos dizemos... Quando me ocorre ficar enfurecido eu me digo: - Eu sabe que estou enfurecido, é melhor esperar 24 horas. E é uma parte do conhecimento de si mesmo. O conhecimento de si mesmo que faz com que digamos: " Eu estou aflito. Espero 24 horas." Para pensar de outra maneira ou diferentemente permite efetivamente de diferir o tempo. Mas o luto é uma construção Eu não acredito nas teorias do luto, nos dizem: Primeira fase, segunda fase, ... isso é uma bobagem qualquer! Mas... devemos poder dizer: " Os filósofos que li no passado, os Cíceros, os Sénecas, etc..." Se não me servem lá, nesse momento, então nunca me servirão! Mas eles me servirão durante 13 anos... Quando François Cheng tem esse belo livro dizendo: "A vida, logo a morte!" Ou dito de outra forma: A morte. Efetivamente. Não existe a vida e depois a morte. A morte está dentro da vida. E depois ela chega. E 13 anos de um cancro. 7 anos de recidiva. Um último ano terrível. E cotidianamente a morte que está lá e que está presente. Portanto não a grande coisa falsa que aparece de repente! Não. Ela está presente, em permanência! Toma a forma de um resultado... (...) Sim, toma a forma de um resultado de um exame médico Toma forma dum... Você disse coisas... você fala da sua leucemia no seu magnífico livro Quando você diz: " Eu estou num TGV (trem) e de golpe dão-me uma informação". É isso a morte. ela está assim, no dia-a-dia. E se a filosofia não serve para pensar esse quotidiano, a gerir o quotidiana e a aceitá-lo. E a ser mais forte que isso. O que Nietzsche dizia, a famosa frase: - O que não me mata me faz mais forte. Se a filosofia não serve para isso então não serve para nada! Nesse belo poema que você escreveu e que se chama "Um requiem ateu" "Requiem ateu" isso parece um oxímoro! Como dizemos... Há uma frase que repete ciclicamente. Eu nunca esperaria lê-la sob a pluma de Michel Onfray: "Que assim seja"! Você me explica? Vá lá... "Que assim seja", é sagrado? É finalmente o ateu que abre a porta, uma frestazinha!, a Deus. Ou é um "Que assim seja" que você decidiu, você? Não porque o "Que assim seja" dos cristãos é contraditório! Não podemos dizer... Eu não lhe falei dos cristãos, Michel Não. Sou eu que lhe falo! Eu simplesmente disse Deus, isso pode ser muita coisa, pode ser uma hipótese Ah, você não falava de Jeová? Pode ser o Talmude. Pode ser... Eu não sei... "Que assim seja", "Que assim seja" é outra coisa. Eu sou um leitor de Étienne Klein. E quando eu vejo o trabalho de astrofísico eu me digo: "Nós não pensamos suficientemente o Cosmos"! E quando se trabalhou sobre essa questão do tempo, da duração. Devemos dizer "Que assim seja" porque não temos escolha! "Que assim seja", no sentido etimológico, é que aquilo que foi, é e será Porque não temos escolha. Portanto não é nada cristão! Um cristão diz-nos: - Vocês podem escolher ser ou não ser cristãos! Portanto não deveríamos dizer "Que assim seja". Quando dizemos "Que assim seja" estamos do lado de Nietzsche, sobretudo! É Nietzsche que nos diz: - A necessidade é isto. Eis como isto funciona: a necessidade. Vós não tendes escolha. O determinismo é total. "Que assim seja" ! Há uma expressão para isso. Ele chama a isso "amor fati", ama o teu destino! Amar o seu destino é dizer "Que assim seja". Nós não temos escolha! É bem evidente que não temos escolha da doença da sua companheira, da morte da sua companheira. Nós não temos escolha de todas essas coisas mas em troca temos a chance de fazer qualquer coisa Que se aparente ao sofrimento, à doença, etc... Mas globalmente, ... É preciso perguntar a François Cheng que tem a sabedoria da idade Mas eu penso que, globalmente, descobrimos que somos cada vez menos livres. Mais e mais determinados e que o máximo da sabedoria está nessa frase: "Que assim seja" ! Sim, podemos perguntar-lhe: - Somos livres ou somos determinados? Isso necessita de todo um desenvolvimento. De momento nada posso dizer. A sabedoria. A sabedoria. "O magnetismo dos solstícios" de Michel Onfray "O diário hedonista" Publicado pela Editora Flamarion E ler para ver o que é um pensamento filosófico há também a poesia de Michel Onfray "Um requiem ateu " da Editora Galilée Galilée que por outro lado publica frequentemente as recolhas de poesia que você publica e escreve. Há também "A Constelação da baleia" Ora, isto é verdadeiramente surpreendente, poderíamos fazer uma emissão apenas consigo... Evidentemente isso seria apaixonante ... mas é a história de um viking que no século XI Vem morrer no seu país depois de uma volta ao mundo. Um pouco a continuação de "Le recours aux forets" (N.T.: A tentação de Demócrito) De que nos falou há algum tempo. François Cheng, Michel Onfray dizia-o: - Falar da morte, na verdade, é evocar a vida. É cantar a vida. É o que você mostra através de: "Cinco meditações sobre a morte"..

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