Planning and Preservation - O que fazer quando nos sentimos rejeitados? Essa é a pergunta do Fábio, e hoje nós vamos falar sobre rejeição. A rejeição é realmente um assunto maravilhoso. Muito obrigada, Fábio! Porque rejeição é assim: a gente nasce e já começa se sentindo rejeitado de alguma maneira, né. Eu costumo brincar nos meus atendimentos que é assim: a gente é bebezinho, né, aí a gente tá dormindo, ok, aí a gente acorda. Acordou com fome, começa a chorar. Aí a mãe, toda zelosa, vai até o berço, olha aquele bebê chorando e sai do quarto. E o bebê já registrou que foi rejeitado. E simplesmente, a mãe saiu do quarto para limpar o seio, aí ela volta em seguida. Ela não rejeitou, mas a gente codifica, o bebê já codifica ali. Então, imaginem, né, a quantidade de histórias que a gente tem no nosso inconsciente falando sobre rejeição. E é lógico que nós, como adultos, podemos estar sendo rejeitados sim, mas o problema da rejeição, de estar sentindo a rejeição, é nosso. Então, Fábio, se você se sente rejeitado por entes queridos, esse problema é você que está sentindo, talvez o outro não esteja te rejeitando exatamente, mas o que está acontecendo com o outro você não tem condição de avaliar. Não temos condição de avaliar o que acontece com o outro nunca, em hipótese nenhuma, mal temos condição de avaliar o que acontece com a gente, quiçá com o outro, né. Tudo que a gente julga no outro, que a gente pensa do outro, que a gente acha que o outro está fazendo, é história que a gente cria a nossa mente, baseada no nosso passado. Pra você se certificar disso, pega um porta-retrato. Coloca na sua frente e olha a foto, mas coloca bem em frente mesmo de seu rosto. Fica olhando a foto, aí daqui a pouco olha pra você, porque com certeza você está sendo refletido no espelho do porta-retrato. Aí, você começa a perceber que você só consegue olhar da forma que você escolhe. Ta entendendo? Você escolhe. É o nosso olhar que muda tudo, então se você tirar a emoção de estar se sentindo rejeitado, colocar um pouquinho de lado e olhar pra ela, porque tem que olhar! E olha pra ela, coloca um pouquinho de lado e fala assim: "como é que eu posso fazer diferente? Como é que eu posso agir diferente em relação a essa situação?" Agora, podemos também tenta olhar de um outro ângulo para ver se te ajuda. Como é que a gente faz empatia com outro que está nos rejeitando? Vamos pensar como é que a gente rejeita, como é que a gente cria esse hábito, essa ação de rejeitar o outro. Tudo o que nos causa medo, a gente rejeita. Se você tá com medo, você fala "não", você fica tenso, você fica nervoso, se o outro vem falar alguma coisa você já se arma, e essa coisa de você se armar para se proteger do que você está com medo é uma ação de rejeição. Você rejeita o outro fazendo isso, você rejeita a situação, você rejeita a prosperidade, você rejeita o amor, você rejeita, porque você se arma de medo, às vezes, até de sentir uma dor emocional muito profunda. Você se arma, você fala "não", e isso é rejeição. Então, observe dentro de você: quantas vezes você rejeita as coisas na vida? Quantas coisas você rejeita? Isso vai trazer a possibilidade da autorresponsabilidade, porque o que você gera, você colhe. Então, talvez você esteja rejeitando mais do que você está sendo rejeitado. É bem comum e isso, e é horrível de olhar! É muito ruim de olhar, mas tenha a coragem, olhe, porque muda tudo depois. Na hora que você olha, você integra e aquilo se desfaz, aquela imagem se desfaz. E aí, você consegue fazer empatia: "poxa, o outro rejeitou também, mas ele pode estar sentindo medo, raiva, um desconforto", e aí você age diferente, e você agindo diferente, de forma mais amorosa, mais delicada, você quebra o comportamento do outro, porque como eu falei no início, na verdade a gente está o tempo todo querendo ser amado. Então, começa respirando. Respira! Olha pra você. Vai mudar tudo. Se você tem alguma questão, deixa aqui nos comentários, e se inscreve no canal. Eu te encontro na quarta-feira que vem..
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