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College of New Rochelle (School of New Resources) - Meu nome é Camilla Veras Mota, eu sou jornalista aqui da BBC News Brasil A gente vai abrir as portas da nossa redação para vocês e mostrar, afinal, o que é que a gente faz e como jornalismo é importante em uma democracia. Olha aí o lugar em que a gente trabalha: a sede da BBC é aqui nesse prédio. A BBC News Brasil fica lá no quinto andar. No passado, a redação era tomada por máquinas de escrever, imaginem só. Agora ela é assim: tem gente digitando, entrevistando pelo telefone, conversando sobre pauta Minha colega Elisa Kriesis é editora dos nossos vídeos, inclusive esse aqui que espero que você veja até o final. Vão me ajudar meus colegas Renata Moura, Felipe Souza, Vitor Tavares, Nathalia Passarinho, Julia Carneiro e a nossa chef, Silvia Salek O jornalista tem como missão verificar e relatar fatos que podem ter acontecido há poucos minutos ou anos atrás. Tem um guia simples de perguntas que todo jornalista aprende na faculdade Quem, o quê, quando, onde, como e por quê Quem? O quê? Quando? Onde? Como? E Por quê? Não precisa ser nessa ordem e nem sempre a gente tem resposta para todas essas perguntas de imediato, mas a gente tem que ir atrás Quando o jornalismo começou, toda a informação era impressa. As prensas permitiam que textos religiosos, livros científicos, romances e, claro, as notícias fossem estampadas em papel. As prensas deram origem às impressoras e também à palavra 'imprensa', que é uma outra forma de se referir aos jornalistas. Euzinha, né? Com o passar dos anos, o trabalho do jornalista chegou ao rádio, às TVs, aos computadores, ao seu celular. O que faz um fato, uma história virar notícia em sites, jornais, revistas e televisões? Notícia tem a ver com uma pergunta básica que qualquer um faz quando se depara com informação: e o kiko? E o que é que eu tenho a ver com isso? Vamos lá De repente, você tirou 10 em todas as provas de matemática deste ano Já estou imaginando a sua mãe, o seu pai compartilhando seu boletim com a família ali no zap.. Uma loucura. É uma excelente notícia, mas mais para a sua família do que pro mundo inteiro. Tipo , menos mãe. Agora, vamos pensar em outra situação: se os alunos da sua escola tiverem tirado as melhores notas do Enem em matemática... Ou se a sua escola foi a que deu o maior salto na nota de matemática de um ano para outro em todo o Brasil, um aumento extraordinário de 100%. Isso pode virar uma notícia muito além da sua família, da sua escola, do seu bairro e da sua cidade. Pode virar uma notícia nacional. Aêeee. Passo agora a bola para Renata Moura O jornalista é curioso, vai querer entender por que esse desempenho foi sensacional. Imagina que eu descolei agora um emprego no jornal do seu bairro e essa é a minha primeira missão. Mas o que será que aconteceu nessa escola? Quem, o quê, quando, onde, como e por quê? Será que foram aulas de reforço à tarde? Mais dever de casa? Ou será que os professores estão usando novas técnicas mais interessante de ensino? E o que é mais importante para o resto do Brasil: será que o que é feito aí pode servir de exemplo para outras escolas? Essas seriam algumas perguntas que nós, jornalistas, faríamos em uma reportagem O que define se uma novidade é importante só no zap da sua família ou se vai sair aqui na BBC é o impacto que ela pode ter. É importante só para a sua família? Ou para seu bairro, cidade, estado ou pro país inteiro? Olha só... Então voltando à minha missão: eu estou com o assunto das escolas e descubro que uma escola ao lado da sua continua indo mal em matemática. E não é só isso Eu chego lá e encontro esgoto a céu aberto no pátio e um cano que estourou por falta de manutenção. O jornalista local, que no caso sou eu, vai ligar para a Secretaria de Educação. A gente sabe, por exemplo, que há várias doenças que podem ser fatais relacionadas à falta de saneamento.Tem diarreia, leptospirose até mesmo cólera. Ou seja, é pensando nesses interesses, dos estudantes, dos professores e dos pais que a imprensa vai cobrar uma resposta do governo. Afinal, você talvez não consiga linha direta com a prefeitura Mas os jornalistas sim. Eles vão conseguir. 'Oi, é da Assessoria de Imprensa da prefeitura? Quando é que vocês vão consertar? E a manutenção, como é que fica? A rádio comunitária, o site, os jornalistas locais têm essa função: denunciar corruptos e cobrar que as autoridades sejam transparentes. Podem também noticiar projetos de lei municipais, falar de datas importantes, shows, esportes. Já os jornalistas que trabalham no plano nacional buscam notícias que atinjam um grande número de brasileiros, como escândalos envolvendo muito dinheiro ou os planos de um novo presidente para a educação. O que não falta é assunto. Vamos fazer uma primeira pausa e praticar essa primeira lição do jornalismo. Selecione uma reportagem qualquer A gente tem algumas opções para você na descrição desse vídeo. Agora, leia a reportagem e identifique se ela traz respostas para as nossas perguntas básicas. Anota aí: 'quem, o quê, quando, onde, como e por quê'. Já te dou um spoiler: o por quê é muitas vezes a pergunta mais difícil de responder. Pausa esse vídeo agora, vai pro exercício e depois aperta o play que eu estou te esperando aqui. Não me deixa esperando não... Como esses assuntos chegam à nossa redação? Tem a ver com aquela pergunta que a gente faz quando se depara com uma informação surpreendente, nova De onde você tirou isso? São várias as origens...Se acontecer uma tragédia, como um grande incêndio, uma enchente, a gente pode ficar sabendo através de comunicados dos Bombeiros ou da Polícia. Ou até mesmo o tuíte de alguém que mora perto da região afetada. Já os governos convocam, por exemplo, entrevistas coletivas para fazer anúncios. Universidades e institutos de pesquisa também estão sempre em contato com a imprensa. A gente também fica de olho no que rola nas redes sociais: comentários e perguntas podem gerar reportagens Recentemente, um leitor leu um texto da BBC sobre câncer de mama e sugeriu uma reportagem sobre câncer de mama em homens, que é um problema muito pouco conhecido. E, por fim, tem também o famoso faro jornalístico, que são assuntos que foram descobertos pela iniciativa do jornalista, através de um contato com alguém que passa uma informação exclusiva ou algo que chama a atenção na rua. Olha só o que meu colega Felipe descobriu Um dia eu voltava da academia com uma garrafinha de água na mão e uma criança que mora na rua pediu ela pra mim, para dar um gole. Ela disse que era muito difícil conseguir água na rua, principalmente à noite A partir dessa observação, eu investiguei e acabei fazendo uma das matérias mais lidas do nosso site naquele mês: sobre o sofrimento dos moradores em conseguir um mero copo de água. Algumas cidades têm bebedouros públicos, São Paulo, não Todas essas fontes de informação são apenas o ponto de partida. A gente tem o papel não só de confirmar, mas também de filtrar o que realmente interessa ao público. Antes de virar uma reportagem, muita coisa precisa acontecer aqui na redação. É o que a gente chama de apuração jornalística. Primeiro, a gente faz uma reflexão crítica Será que a fonte é confiável? Será que o estudo que a gente vai noticiar foi feito sob critérios científicos? A quem interessa ou não a divulgação dos dados contidos no release enviado pelo governo? Há uma tentativa de manipular a opinião pública? A gente consegue confirmar os dados com uma fonte com credibilidade e independente? Mas a imprensa erra? Claro, infelizmente nós erramos. Desde os erros de digitação ou de gramática, que dão uma vergonha, até os erros de verificação. Pode ser que uma informação esteja incorreta, comprometendo toda a reportagem. Aí é obrigação do veículo corrigir a informação e avisar ao leitor. E tudo isso que o jornalista faz vem de séculos de aperfeiçoamento na técnica da nossa profissão. Você lê notícia onde? Provavelmente no celular, né? Pois sabia que lá na Roma Antiga, antes de Jesus Cristo nascer, as notícias eram esculpidas e lidas em placas de metal? Elas divulgavam lá naquela época ordens dos imperadores e até duelos entre gladiadores. Há cerca de 300 anos, surgiam lá na Inglaterra os jornais independentes, que não saíam simplesmente reproduzindo o que o governo mandava. Ao longo dos séculos, a humanidade foi percebendo que a livre circulação dos fatos e das ideias ajudava as pessoas a se informar, a se educar e a tomar decisões, como por exemplo escolher em quem votar. É por isso que a liberdade de imprensa é tão importante em uma democracia. É por isso também que em países governados por líderes autoritários a imprensa é impedida de publicar reportagens críticas ao governo. Já falei de Roma, já falei da Inglaterra, vamos falar do Brasil. Ô chefe... No Brasil, o jornalismo começou de uma forma um tanto polêmica. Portugal proibia a publicação de jornais no Brasil Colônia. A coroa portuguesa temia que os jornais acabassem espalhando os ideais de liberdade e independência que circulavam por outras partes do mundo, principalmente pela Europa. Mas em 1808 a família real portuguesa se mudou para o Brasil, fugindo de Napoleão, e percebeu que precisava se conectar com a população. Foi assim que nasceu o primeiro jornal brasileiro: a Gazeta do Rio de Janeiro. Mas era um jornal repleto de elogios à realeza. E o jornalismo precisa de liberdade para atender ao interesse público, que nem sempre coincide com o interesse do rei Veja o caso da edição da Gazeta do Rio de Janeiro de 28 de setembro de 1808 O jornal ressalta 'amor e a saudade que os vassalos portugueses têm pelo seu príncipe', que agora reinava no Brasil E não faltam menções ao 'amado monarca'. Sem falar que todas as notícias eram fiscalizadas por representantes da realeza antes de serem publicadas no jornal. Agora, imagine se houvesse imprensa livre em 1808. Que perguntas nós, jornalistas, faríamos em uma entrevista com Dom João VI? E você, imagine que um túnel do tempo te lance no meio de uma entrevista com Dom João VI no dia em que ele desembarcou no Brasil. O jornalista não é um sabe tudo não. Antes de uma entrevista, dá sempre um frio na barriga e o melhor remédio é buscar informação Para falar da chegada da família real, a gente consultou antes uma historiadora. Ô Vitor, resume aí o contexto histórico pra gente O Brasil, antes da chegada da corte portuguesa, era um país com 99% da população analfabeta. Não eram só os jornais que faltavam: indústrias eram proibidas e não havia universidades por aqui. Dom João VI chegou com outras 15 mil pessoas em uma cidade sem infraestrutura. Não houve tempo de preparar a acomodação para toda essa gente. E se a gente pensar num contexto mais amplo, por exemplo, a gente tem o Haiti. Lá, aconteceu a primeira revolução da população africana escravizada contra os colonizadores franceses. O conflito sangrento terminou em 1804 e levou ao fim da escravidão e à independência do Haiti, Foi uma história de rebelião bastante encoberta Com base nessas e outras informações ou em curiosidades que você tenha, que perguntas você faria a Dom João VI. Pausa esse vídeo agora e depois volta e aperta o play para ver o que que eu perguntaria... Eu perguntaria o seguinte: majestade, qual o plano para acabar com o analfabetismo, que atinge 99% da população da colônia? Majestade, o senhor chegou aqui com milhares de pessoas. Para onde vai toda essa gente? Majestade, como que o senhor vê a revolução que levou ao fim da escravidão e a independência do Haiti? Majestade, quando o Brasil vai produzir essas perucas maravilhosas? Está muito caro importar isso da Europa... Essa eu teria um pouco de vergonha de perguntar, mas talvez fosse a matéria mais lida do dia... Vixe maria, já falamos demais. Mas antes de concluir essa parte, vamos recapitular. O jornalismo tem como objetivo levar informações precisas à população. E a informação deve ser confirmada antes da publicação. Um fato vira notícia quando interessa a muita gente. E uma imprensa independente é fundamental para a democracia: tem o papel não só de informar, mas também de ficar de olho, cobrar respostas e transparência das autoridades. É isso aí pessoal, no próximo vídeo a gente vai falar dos perigos das fake news e da diferença entre fato e opinião.

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Birigui:

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Alyssa Hester, Rockland County. Tubarão: New York State College of Agriculture and Life Sciences (CALS); 2010.

Jane Brock, Saint Nicholas Avenue zip 10032. Teresina: Manhattan School of Music; 2015.

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