Mount Saint Mary College, Newburgh - O Seis Sigma, também chamado de Six Sigma, é um conjunto de práticas estruturadas, desenvolvidas e orientadas para alcançar sustentar e maximizar o desempenho dos produtos, serviços e processos, eliminando os defeitos e as não conformidades, diminuindo desta forma, as variabilidades. Para isso são utilizados os conhecimentos estatísticos para medir a qualidade de um processo, mas o objetivo fundamental do Six Sigma é controlar variáveis de processos para otimizar seus resultados, e tudo isso é feito para uma maior satisfação dos clientes, reduzir os custos operacionais e para aumentar a qualidade do produto. Primeiramente, vamos ao histórico. Em 1979, o gerente internacional de vendas da Motorola começou a se preocupar com a qualidade de seus produtos que estava baixa. Em 81, é estabelecida uma meta de melhorar a qualidade em 10 vezes, em apenas cinco anos. Já em 86, o doutor Mikel Harry desenvolveu uma nova metodologia para que a meta fosse atingida, e mais tarde, foi aperfeiçoada por Will Smith, um gerente de qualidade da Motorola. Um ano depois, a Motorola batiza metodologia de "Seis Sigma", e montou um programa corporativo. A qualidade melhorou em 100 vezes, a partir disso, a Motorola passa a ser reconhecida como referência em qualidade e funda a academia Seis Sigma. Em 97, aparecem os primeiros resultados da aplicação dos Seis Sigma na GE, com implementação de projetos no Brasil, e a GE fatura 2 bilhões de dólares. Em 2009, surgiram aproximadamente 1.100 black belts, com mais de 3.400 projetos ativos nos EUA, com o benefício de 700 milhões de dólares em projetos com Seis Sigma. E hoje em dia, o Six Sigma é amplamente difundido em muitas organizações. Atualmente, no Brasil muitas empresas já aderiram a metodologia Six Sigma, como a Ambev, Votorantim, Ford, e muitas outras empresas, assim como a Johnson & Johnson e o Hospital Albert Einstein Mas, peraí! Hospital ?! O Six Sigma não é só aplicado à processos fabris Esse mito apareceu, pelo fato do conceito ter surgido em indústrias, mas ele pode ser aplicado em qualquer processo, como por exemplo, uma empresa que queira melhorar seu atendimento e atingir o nível de qualidade Seis Sigma. Para se ter uma ideia numérica, quando falamos em qualidade seis sigma, devemos entender taxa de falha da ordem de 3 a 4 ppm. Isso quer dizer que, a cada 1 milhão de produtos fabricados, um pouco mais que 3 serão defeituosos, isso significa uma taxa de falha de 99,99966, mas isso é bom? Se considerarmos uma performance de 5 mil ppms contra os 3,4 ppms do Six Sigma, isso significa que, no modelo de 5 mil ppm teremos, por exemplo, 7 minutos de água não potável por dia, enquanto que no modelo 6 Sigma, isso se reduziria para 0,2 segundos por dia. Também pode ser encarado como uma semana com 2500 operações cirúrgicas incorretas contra 1,7 operações cirúrgicas incorretas no six sigma, ou então, 4 horas sem energia elétrica por mês, contra 9 segundos por mês no modelo 6 Sigma Mas como 6 sigma é colocado em prática? A aplicação da metodologia seis sigma é baseada em três grandes fundamentos: CAPACITAÇÃO das pessoas envolvidas que irão resolver os problemas, e fazer as melhorias. BASE EM DADOS, que é a utilização de ferramentas e técnicas estatísticas, e VISÃO SISTÊMICA da organização, onde existe um foco no cliente, e no resultado da empresa. Em CAPACITAÇÃO são utilizados níveis belts para a classificação das pessoas, de forma que, um belt deve possuir as seguintes competências: capacidade de pensar de forma sistêmica, entender as variabilidades, entendimento da forma como aprendemos, desenvolvemos e melhoramos, compreender interações entre sistemas e compreender as pessoas e suas atitudes. "Os belts devem ser agentes de mudanças em ambiente de melhoria contínua." Os níveis belts são divididos em: White Belt, é o cara primeiras noções básicas da metodologia, e vai contribuir para as soluções dos problemas. Ele necessita de um mínimo de 8 horas de treinamento. O Yellow Belt vai ter noções da metodologia e das ferramentas, e vai aplicar seu conhecimento para resolver problemas muito complexos, ele tem um mínimo de 50 horas de treinamento e acompanhamento. No Green Belt, a participação em projetos já se torna fundamental. Ele é responsável por operacionalizar as implantações, e precisa de um treinamento de no mínimo 100 horas com projetos. O Black Belt vai ser o cara que conhece todas as ferramentas e a metodologia, ele é um líder e conhece a fundo as principais ferramentas estatísticas ele que é responsável por desenvolver e conduzir os projetos, e tem um treinamento de exaustivas 200 horas enquanto que, o Master Black Belt coordena os projetos, e normalmente é um Black Belt com mais experiência. É ele quem responde diretamente pelos resultados financeiros. Por isso, seu treinamento de 300 horas. Fora isso, o projeto precisa de um suporte organizacional Por isso, existem os executivos e os champions, que vão definir o rumo do projeto e suas implementações O fundamento de base dados envolve o nível estatístico, no qual a abordagem Seis Sigma está inserida. Para isto, a primeira ferramenta da estatística que vale a pena citar é o histograma. Para montar o histograma primeiro precisamos calcular as frequências relativas dos dados. A freqüência relativa é encontrada pela contagem dos dados no mesmo intervalo e dividindo esses valores pelo número de dados no total. Isso é feito para todos os valores. Plotando essas frequências em relação aos valores dos dados, obtém-se histograma. Se o dado segue uma distribuição chamada NORMAL, sua curva terá essa aparência Então, plotando os dados do nosso processo e fazendo a curva de distribuição, temos os seguintes parâmetros de análise: valor alvo, limite inferior especificação e limite superior de especificação. Em um processo não centralizado, as amostras que saem dos limites representam as amostras defeituosas nesse caso, a curva está centralizada, então na média os produtos saem dentro das especificações, porém a variabilidade é alta com as pontas da curva fora dos limites de especificação O 6 sigma tem como objetivo estatístico centralizar o processo e reduzir a dispersão, obtendo assim, a distribuição desejada que a média próxima do valor alvo e dentro dos limites No meio temos a média da amostra, se calcularmos do desvio padrão, e nos deslocarmos um desvio para a direita, e um desvio para a esquerda, a área ocupada abaixo da curva será de 68,26 por cento da área total, conforme aumenta-se o sigma, uma maior parte da área será ocupada. Assim, no nível de um sigma, temos aproximadamente 690 mil ppms de falha, e um rendimento de 30,85 %, e nota-se as amostras com defeito fora dos limites de especificação. Em cada nível, os defeitos em ppm tendem a diminuir, enquanto que os rendimentos em % aumentam. No nível 6 sigma observa-se uma taxa de falha de 3,4 ppm, e um rendimento de 99,99966 %, e a distribuição dentro dos limites, com espaços para as variações. O último fundamento do 6 Sigma é a visão sistêmica, que está relacionada com a capacidade de identificar as ligações entre fatos particulares do sistema como um todo. É comum ouvirmos falar sobre o LEAN 6 SIGMA, mas o que ele seria? Na metodologia LEAN, o foco é reduzir os desperdícios, enquanto que, no six sigma é prevenir defeitos resolvendo os problemas, e os dois são comumente utilizados juntos Os projetos six sigma seguem duas metodologias inspiradas pelo ciclo PDCA, essas metodologias são compostas de cinco fases cada uma e chamadas pelos nomes de DMAIC e DMADV. O DMAIC é usado para projetos focados em processos de negócios já existentes, enquanto que, o de DMADV é usado para projetos focados em criar novos desenhos de produtos e processos A metodologia DMAIC possui cinco fases, onde D é Define, ou seja, definir o problema a partir de opiniões de consumidores e objetivos do projeto. M é Measure, onde os dados são ajustados e mapeados, para procurar a causa principal dos defeitos A é Analyse, onde as ações de melhorias são selecionadas. I é Improve, onde ocorre o planejamento do processo de melhorias baseado na análise dos dados. E, por último, C é Control, onde ocorre o monitoramento para garantir a melhoria contínua Diante de tudo isso é possível notar a importância do six sigma na melhoria da qualidade em diversas organizações modernas.
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