Morningside Heights - O desafio de ensinar as crianças sobre as boas ferramentas da inteligência financeira, será que é fácil? O Cerbasi Responde de hoje é exatamente sobre isso, uma pergunta enviada pela Ana Luz, com a hashtag #cerbasiresponde postada em alguma reposta de algum post que eu coloquei em alguma rede social. A Ana Luz pergunta o seguinte: Ana, o que você acredita é realmente fato. Se nós tivéssemos uma educação financeira um pouco mais estruturada teríamos uma mudança de comportamento, mas não sei se alivia ou se aumenta a preocupação o fato de eu explicar para você, que na verdade, você já ensina seus filhos sobre investimento. Sim, eu ensino aos meus filhos sobre investimento. Qualquer pai, qualquer mãe ensina a seus filhos sobre investimento. Investimento não é simplesmente entender sobre melhor alíquota, melhor rendimento, o que é uma LCA, uma LCI, um CDB, um fundo, Tesouro SELIC, alguma coisa nesse sentido. Investimento tem a ver com comportamento. O bom investidor é uma pessoa que sabe dominar os aspectos de riscos do bom investimento. Se estou fazendo um investimento de longo prazo, tenho que desenvolver um comportamento de disciplina, de organização, de consulta periódica tanto das informações que tenho do meu investimento, quanto de investimentos que existem no mercado. É um posicionamento, uma postura de curiosidade combinada com organização, combinada com um pouquinho de planejamento. Quando você, Ana, pensa em fazer algum tipo de atividade com seus filhos, programa alguma atividade mais complexa, uma viagem daqui a algumas semanas, se você deixa claro para os seus filhos que está organizando algo, que está separando dinheiro para isso, que está tomando o cuidado de negociar na hora certa para conseguir um desconto, está incluindo mais pessoas, para em grupo, talvez pagar um pouco mais barato, você está transmitindo uma série de informações para esses filhos, quando de forma mais teatral, demonstra uma preocupação em fazer com que aquela conquista seja feita de uma maneira ótima. É planejamento financeiro como um todo, tem conceitos de orçamento, você poderia fazer isso com mesada, por exemplo, com jogos, com leituras, mas investimento nada mais é do que a consequência de um bom planejamento. Quando alguém me pergunta, nas redes sociais mesmo, onde investir o dinheiro, normalmente não há uma resposta, não consigo dizer: invista aqui ou ali, nesse produto ou no outro. O que existe é um questionamento, uma preocupação de entender se a pessoa já fez algum tipo de leitura da própria necessidade e montou algum tipo de planejamento, tem uma noção da composição de uma reserva de emergências, da construção de um futuro, do tipo de risco que pode assumir de acordo com o prazo daquele investimento que quer fazer, e aí sim, identificar no mercado qual é o produto de investimento que se encaixa no seu planejamento. Para uma criança, obviamente, nós não vamos orientar sobre investimentos em renda variável, investimentos em produtos complexos, mas meus filhos, por exemplo, no dia a dia são orientados, sim, para investimentos, toda vez que estamos planejando um pacote de férias, por exemplo, fica muito claro para eles que estou consultando meus amigos, blogs de viagens, fazendo pesquisa com antecedência, para conseguir algum tipo de condição mais vantajosa, mais econômica, mais inteligente. Eles sabem que eu invisto dinheiro, sabem que determinados projetos têm bons resultados, que parte desse dinheiro está sendo guardado para um período de tranquilidade. Então essa noção de por que provisionar um dinheiro, por que dedicar um tempo a fazer escolhas está muito clara na vida deles. De forma mais prática o que meus filhos têm é um acompanhamento semanal da semanada que eles ganham. Os alunos do curso Inteligência Financeira recebem junto com o curso uma planilha que a gente chama de Banco Kids, no meu caso é o Banco Cerbasi Kids, que é da família Cerbasi, mas existe um controle do quanto entrou de dinheiro, do quanto saiu. Meus filhos sabem que o dinheiro que sobra naquela planilha, por exemplo, terá algum tipo de rendimento para o mês seguinte. Rendimento onde? Para ser algo interessante, algo que faça algum sentido para as crianças, um rendimento um pouco mais vitaminado que eu conseguiria em um banco, pelo menos 1% de rendimento sobre o investimento deles a cada mês, e eles sabem que sobrou dinheiro, aquele saldo acumulado no fim do mês renderá mais 1% se permanecer 30 dias aplicado. Isso faz com que meus filhos, por exemplo, entendam que quanto mais esperarem para comprar um game, para comprar brinquedo, comprar um telefone, os mais velhos já querem comprar, mais ganhos eles terão com o benefício desse exercício de disciplina. Orientar os filhos para o dinheiro, é diariamente, ter uma postura um pouco mais teatral, uma postura mais proativa em relação a construir, demonstrar que está construindo, conversar com eles sobre isso, conversar sobre a dificuldade que adultos têm também de dedicar um tempo à pesquisa, celebrar o esforço e mostrar que de repente, de cada R$ 100 aplicados, cinco, seis adicionais vieram de rendimentos. Então, esse exercício contínuo vai fazer com que eles entendam o papel de bancos na vida deles, o papel de títulos, de qualquer tipo de ativos financeiros que possa multiplicar valor, que eles entendam por que adultos dedicam tempo a comprar algo barato para vender caro. Pensando em jovens de até 12, 13, no máximo 14 anos, essa postura é suficiente. Esse envolvimento interessado nos projetos pessoais será suficiente para demonstrar que vida adulta é uma vida com cuidados que geram mais ganhos. A partir dos 14 anos, abertura de uma conta num banco digital para começar a fazer investimentos, orientar com frequência para que esses investimentos sejam os melhores escolhidos é o passo seguinte, mas eu acho que qualquer bom investimento nascerá de um bom planejamento. É interessante explorar figuras como a da mesada, como qualquer tipo de instrumento que provoque as crianças a se organizarem, a cuidarem de algum momento futuro, a celebrar uma conquista que é fruto de sacrifício. Você mencionou no final da sua pergunta, Ana, "acredito que se tivéssemos uma boa educação financeira desde pequenos, fazer escolhas seria algo mais natural". Sim, educação financeira desde pequenos virá de uma educação financeira dos adultos, dos pais mais proativos nessa condição de demonstrar que esforços são feitos para que escolhas sejam mais selecionadas, para que os resultados sejam mais eficazes. Sim, defendo uma educação financeira, mas para os jovens, a educação financeira tem que ser sobre valores, como fazer boas escolhas. Se os pais demonstrarem que as ferramentas mais complexas são aplicadas no dia a dia da família, esses jovens, com educação financeira ponderada em escolhas entenderão naturalmente os caminhos para encontrar bons investimentos e colher o melhor das suas escolhas. Espero ter ajudado, Ana, na sua nobre missão de educar nossos filhos para esse mundo em constante transformação, em constante revolução, principalmente no mercado financeiro, produtos financeiros. Eu acho que nesse momento estamos aprendendo junto com eles, tamanha a transformação da nossa realidade social, econômica, cultural e também financeira. Tá sendo divertido. Sucesso em suas escolhas, sucesso ao colocar em prática o seu aprendizado na vida dos seus filhos, que a vida de vocês seja muito rica. Tá sendo divertido..
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São José do Rio Preto:
Samantha Aguirre, Schoharie: Nazareth College, Pittsford, near Rochester. Criciúma: Manhattan School of Music; 2019.
Leonard Barlow, Chemung County. Florianópolis: Barnard College; 2010.
Jamie Kimberly, W 215th Street zip 10034. Paulista: Mandl College of Allied Health; 2008.