Hilbert College, Hamburg - Olá! Meu nome é Daniella Freixo de Faria. Hoje a gente vai falar sobre a comparação. Oi gente! Vamos falar um pouco mais sobre a comparação. A gente falou sobre esse aspecto com relação aos irmãos. Mas a comparação tem aparecido também na relação com os amigos, com os primos, na comparação com outras crianças... E vale a pena a gente ressaltar um pouquinho mais sobre esse tema. A comparação vale sempre a pena quando a criança é comparada a ela mesma. Principalmente no processo de alfabetização. Muitas vezes a criança já está lendo, ou ela ainda não está lendo... Eu estou vendo isso aparecer bastante aqui no consultório. Qualquer situação que seu filho faça, ou qualquer momento que o seu filho esteja, existem crianças que fazem melhor, existem crianças que ainda não conseguem fazer. Mas principalmente a gente vai respeitar o momento em que seu filho se encontra. E compará-lo a outras crianças não é um bom caminho, porque ou ele se sente fragilizado, ou ele se sente melhor do que o outro. Mas em todas essas situações, a referência que seu filho tem, a referência que as crianças têm está fora delas. Está no outro. Então eu estou sempre refenciado ao Sr. Batata, ou ao cachorro. Tenho que ser melhor que o cachorro, ou eu sou pior que o Sr. Batata. Mas eu não estou me referenciando a mim mesma. O processo de comparação a si mesmo é um processo muito bacana. Principalmente porque a criança percebe a própria trajetória. Então, "Que bacana, filho, que antes você não conseguia ler o B mais o A. E agora você consegue falar o 'ba'. Você está conseguindo ler." "Que lindo que antes você não conseguia andar sem rodinha! Agora, consegue. Está vendo?" "Antes era difícil fazer tal coisa, agora você já consegue." "Fica tranquilo. Isso aqui tá difícil agora, mas lembra que tal coisa também era difícil, e você conseguiu?" "Fulano de Tal, Fulano de Tal já consegue, mas fica tranquilo. É assim mesmo. Cada um consegue no seu tempo." "Você conseguiu tal coisa, tal coisa. Aquilo também não foi difícil no começo?" Então a gente vai trazer para a criança, sim, que cada um tem o seu tempo, cada um tem o seu processo, inclusive essa própria criança. Mas que, quando ela percebe o seu próprio ritmo e o seu próprio tempo das coisas, e se apropria desse seu processo, ela tem mais chance de conseguir. A comparação com ela mesma traz a referência para dentro e faz com que essa criança crie repertório e busque na sua própria história outras experiências de sucesso. E isso faz com que ela perceba que aquilo, sim, é um momento novo, desafiador, mas um momento que ela também já viveu em outros assuntos, também outros momentos desafiadores que ela pôde vencer, e que ali não vai ser diferente. Esse, gente, é um bom jeito de usar a comparação, porque comparando a criança a outras crianças, ela sempre vai estar ou por baixo, ou por cima, mas em ambas situações, ela está com a referência fora dela. E isso enfraquece, porque ela sempre vai estar de olho nos outros, e nunca nela mesma. E para ser alguém na vida a gente precisa saber quem a gente é, se realizar, colocar o nosso ser para fora, expressar o nosso dom e ter muita autoconfiança. Saber que os desafios vêm pela frente, mas que a gente pode vencer todos eles, sempre com persistência, paciência e muito amor por nós mesmos. Então, o vídeo de hoje foi esse. Use a comparação, sim, mas da maneira mais produtiva, de um jeito positivo, que faça crescer. Até semana que vem. Tchau! LEGENDAS POR FÁBIO LIMA FABIOPL@GMAIL.COM.
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Guarujá:
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