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Syracuse University - Esse vai ser um vídeo longo, um vídeo complexo e um vídeo muito importante Então atenção e principalmente Meu nome é Nátaly Neri e esse é o meu canal Afros e Afins, hoje eu vou falar um pouco sobre a politica de guerra às drogas no Brasil e um pouco também sobre o genocídio da população negra, para explicar a atual situação da Cracolândia em São Paulo Para começar esse tipo de debate, o primeiro ponto é entender porque uma guerra foi instaurada à elas no Brasil desde sempre, mas principalmente desde que a Lei de Drogas foi editada em 2006. Que passou a permitir que a polícia enquadrasse usuários como traficantes. Uma vez que não houve uma distinção clara sobre a quantidade de entorpecentes que uma pessoa pode carregar pra ser considerada usuária ou traficante. Essa e outras coisas fizeram com que o tráfico de drogas fosse um dos principais motivos, hoje, de prisão no Brasil. Hoje, duas a cada três pessoas presas são negras. E mais da metade delas têm menos de 29 anos. Então falar sobre drogas hoje é falar principalmente sobre a população negra que está sendo encarcerada e morta pelo poder público e pelo crime organizado. E se você não quer cair em discursos racistas e dizer que pessoas negras nascem bandidas e portanto merecem esse destino, a gente tem problemas sociais aqui muito importantes e que devem ser discutidos. Mas vamos começar falando sobre as drogas. Lendo um pouco sobre a história das drogas e sua criminalização, a gente entende que a guerra às drogas foi oriunda principalmente de uma necessidade de criminalizar os seus usuários, não as substâncias químicas em si. Drogas ilícitas estão com sua proibição muito mais ligada a questões sociais, mercadológicas, do que necessariamente as suas composições químicas. Então vamos discutir esse valor social das drogas. Eu vou te dar aqui um exemplo meio assustador: Existe um substância química chamada ritalina, ela é um estimulante, uma anfetamina. e ela age da mesma forma, no sistema nervoso central que a cocaína, e aí não sou eu que estou dizendo, mera estudante de ciências sociais. É toda a classe médica, farmacologia, tem textos aqui na descrição, pra vocês entenderem do que eu tô falando. Só que a ritalina, no caso, ao contrário da cocaína, é legalizada e administrada no tratamento de milhões de crianças no mundo com déficit de atenção ou hiperatividade. e também usada por jovens e adolescentes prestadores de concurso público sem prescrição médica, pra focar nos estudos. Ritalina pode causar os mesmos efeitos colaterais que a cocaína A curto e longo prazo. por exemplo, e aqui eu vou ver minha cola: perda de apetite, aumento do batimento cardíaco pressão sanguínea e temperatura corporal, dilatação de púpilas, perturbação do sono, sono alterado náuseas, comportamento bizarro, errático e as vezes violento alucinações, hiperexcitabilidade, irritabilidade, pânico e psicoses, Dores excessivas podem conduzir a convulsões, espasmos e morte. E morte! E morte! "Nátaly, como assim você só pode tá mentindo!" Não gente, não tô. Está tudo nos links aqui da descrição. Essas informações você encontra em qualquer livro de farmacologia. A ritalina e a cocaína são psicoestimulantes que apresentam riscos de dependência química e psicológica muito grande. Então, pra além das discussões sobre composição química dessas duas substâncias, o que diferencia a cocaína da ritalina, socialmente? Porque uma é criminalizada e marginalizada, ao passo que a outra é usada no tratamento de mais de milhões de crianças ao redor do mundo, incluindo o brasil que é o segundo maior consumidor de ritalina? A cocaína, no caso, como a gente sabe, gera um estado de excitação, de hiper empolgação. Ao passo que a ritalina é conhecia como droga da obediência. Então por aí a gente já entende o primeiro interesse social nas duas. "Mas Nátaly, a ritalina não mata tanto. Eu mesmo conheço pessoas que já usaram, não prescreveriam uma droga tão pesada e tão perigosa pra crianças." É claro que os efeitos não vão ser tão intensos. Uma vez que a ritalina é uma droga controlada. A cocaína por sua vez não é controlada, não é fiscalizada pelos órgãos de saúde, está na mão do crime organizado, que produz e distribui sem limites. E também está, historicamente, relacionada a população negra. Mais especificamente, a criminalização da cocaína começou a ocorrer lá na América do Norte, por volta 1910, por aí, quando ela ainda era uma substância legalizada, vendida e usada pela sociedade no geral. Aí houve a criminalização da cocaína para poder se encarcerar pessoas negras com um desculpa melhor do que o simples fato deles serem negros. Então a gente entende, que drogas lícitas ou ilícitas, para além de qualquer juízo de valor sobre serem boas ou ruins, pra além de qualquer discussão médica sobre os seus benefícios e malefícios , que aí eu definitivamente não me envolvo, são drogas. Então quando a gente fala de drogas no Brasil e no mundo, mas no Brasil, principalmente, a gente ta falando de muita hipocrisia! Porque a sociedade que demoniza as drogas ilícitas é a mesma que se consulta mensalmente com psiquiatras. Uma pessoa que tá na rua sem trabalho, sem família, que é marginalizada, desumanizada procura por drogas por motivos tão reais e até muito mais intensos do que os seus, que também procura constantemente por substâncias químicas pra aliviar suas dores. Há uma hipocrisia muito grande nessa sociedade que fuma cigarro o dia inteiro, ao mesmo tempo que marginaliza o usuário de maconha. Há uma hipocrisia ainda maior nessa sociedade que consome álcool diariamente como "coragem líquida" ou como forma de "afogar as mágoas, ou simplesmente que bebe socialmente com os amigos pra experimentar estados alterados de consciência. Que fica bêbado, que sai de carro, que fala o que não deve, que fala o que não quer que causa mortes, e que realmente se acham muito melhores do que jovens que usam psicotrópicos pra se divertir na balada. "Mas Nátaly, o meu cigarro não faz mal, o meu álcool, a minha cervejinha não mata ninguém." Querido, mas cigarro mata! Cigarro faz mal! Faz mais mal pro corpo do que a própria maconha. Nicotina apodrece seu pulmão, o álcool destrói seu fígado. Te dá cirrose, mata você, mata os outros. O álcool pode te deixar tão doido e fora de si como ficar chapado de qualquer outra droga. 61% dos acidentes de trânsito no Brasil, tem como causa motoristas embriagados. O álcool está associado a 50% dos casos de violência doméstica no Brasil. Ou seja, Se é pra dizer que drogas ilícitas só são ilícitas porque elas transformam as pessoas em seres violentos sem controle. Porque ela destrói corpo da pessoa e de outras pessoas ao seu redor Então suspende agora a nicotina e o álcool também. O problema das drogas sempre foram os grupos com os quais elas estão relacionadas. O que elas significam, e de que forma elas foram usadas ao longo da história para controlar e criminalizar determinados grupos. Pra além das questões mercadológicas. E vale lembrar também que eu não bebo, não fumo, não vaporo, não injeto, não faço absolutamente nada. Antes que venham dizer que eu tô falando tudo isso pra garantir meu direito de fumar meu baseado em paz. Eu não faço uso dessas substâncias nessa altura da minha vida porque eu, enquanto indivíduo, não quero experimentar nesse momento, estados alterados de consciência. O que não significa que eu deva ser alienadas frente essas questões. Você pode muito bem querer entender e defender uma reforma na política de drogas e não necessariamente estar interessada, inclinada a usar essas substância em algum nível. Porque aqui a discussão é social, a gente ta falando de um problema sério. Então, a gente já desmistificou que droga ilícita é uma substância do demônio, como se todas as outras substâncias não fossem. Já desmistificamos que a política anti-drogas existe porque as drogas matam. Afinal, tudo mata. Cigarro mata, álcool mata, cocaína mata, enfim... tudo mata! E definitivamente já entendendo que as drogas estão muito mais ligados a questões sociais, do que necessariamente sobre o efeito dessas substâncias no corpo humano. Já entendemos? Já entendemos. Então podemos avançar na discussão. Agora vou falar pra vocês sobre uma pessoa muito importante nessas discussões, vou falar sobre Carl Hart, que é um neurocirurgião norte americano, que mobiliza ao longo de toda sua carreira acadêmica, experiências e pesquisas à respeito de drogas. Crack, cocaína, etc. Há um ponto que eu quero levantar no pensamento do Carl Hart, especificamente algo que ele disse numa entrevista que eu vou deixar aqui na descrição também. Prestem atenção! Muito importante! Carl Hart disse que apenas 20% dos usuários de drogas se viciam em drogas. O que isso quer dizer? Se apenas 20% das pessoas que experimentam drogas se viciam em drogas, então o problema é de fato químico? Carl Hart diz que não, caso contrário, a maioria das pessoas que experimentassem drogas estariam viciadas. E essa não é a realidade. Mas nós temos aqui alguns outros parâmetros para reflexão. Acompanhem meu raciocínio. 80% das pessoas na cracolândia, em são paulo, são não brancas. São pretas, pardas, enfim. E aí a gente pode entender o quanto a guerra às drogas no Brasil, está relacionada com o genocídio da população negra. Em que o usuário de droga negro pode, não necessariamente morrer pela bala na arma do PM, mas morre de overdose, morre de pneumonia na calçada, morre na mão das facções criminosas, morre na cadeia, quando quem decide quem é usuário e quem é traficante é o policial e a justiça que com certeza toma essa decisão principalmente influenciada pelos fatores cor da pele e classe social. Ou seja, se é preto e pobre com certeza é traficante, se é branco e rico da zona sul com certeza é usuário. Me diz, vocês acham que todo mundo que fuma crack no Brasil tá nas cracolândias? Caso vocês não saibam, gente, classe alta no Brasil consomem muitas, mas muitas substâncias ilícitas e inclusive o crack. O consumo de drogas não é privilégio de preto e pobre. morador de cracolândia, ou de favela. Afinal, pesquisas mostraram que 62% dos usuários de droga no Brasil pertencem a classe A. Segura essa bomba. A diferença é que essas pessoas geralmente têm família, casa, estrutura, trabalho, motivos pra ficar. Motivo para não se tornarem os 20% que se viciam na maioria dos casos. E daí não tô dizendo que pessoas ricas e brancas não podem se viciar em drogas, isso acontece. Mas gente vê que a maior parte da galera que tá na cracolândia é negra. "Mas Nátaly, eu não to te entendendo, eu acho que vocês está defendendo bandido, você ta defendendo assaltante." "Usuário é assaltante, afinal eles precisam roubar, e eles tão nas ruas, eles mantém o vício deles. Então eles também são criminosos." Olha, eu sei bem disso. Tanto sei que eu mesma já fui assaltada nos entornos da cracolândia. E claro que eu uma pessoa dentro de um sistema que trabalha meses e meses pra conseguir um celular ou um computador, fiquei muito nervosa quando me assaltaram. Mas eu tenho consciência de que ninguém nasce bandido. Ninguém vai pras drogas porque é burro. Ninguém vive naquelas condições porque gosta, porque acha legal. "Ah Nátaly, mas eu por exemplo nasci em favelas, nasci nas periferias, nunca precisei roubar nada, um pão. Ralei muito e consegui vencer na vida." Que bom então que eu algum momento da sua vida, você teve algum tipo de influência positiva. Que bom que em algum momento, algum símbolo de representatividade, alguma pessoa, algum familiar, algum professor, alguma assistente social, alguém brotou e mostrou pra você que existiam outros caminhos. Que bom! Porque nos lugares em que a fome é real, é pesada, lugares em que as pessoas já nascem achando que o único lugar delas é a sarjeta, geralmente essas mensagens não chegam, e se elas chegam, elas não fazem sentido. A gente tem que ter consciência de que as drogas ilícitas como estão hoje são sim um problema de que o crack é sim perigoso. Mas que ele não causa tudo aquilo sozinho. Carl Hart quando veio ao Brasil disse: "O crack não causa racismo, o crack não causa pobreza, o craque não causa falta de expectativas ou oportunidades. O crack é consequência de uma existência desumana". E a cracolândia em São Paulo hoje está sendo tratada como causa de todos os males pela prefeitura e pelo governo do estado de São Paulo, algo como: acabe com a cracolândia acabaremos com todos os problemas, pobreza e criminalidade do centro de São Paulo Como se o problema não fosse a desigualdade, como se o problema não fosse uma política de drogas falida. A cracolândia só é um problema tão emergencial pra prefeitura de São Paulo porque ela escancara as desigualdades. Porque ela escancara o descaso e o abandono dessas vidas pelo poder público. Por isso a iniciativa do Dória e de outros governos que querem bombardear a cracolândia, meter bala de borracha em usuário não geram nada. Porque a cracolândia não é só sobre o abuso de substâncias químicas. A cracolândia é sobre pessoas que não têm outras alternativas e usam a droga como forma de expurgar suas dores. O problema não é sanado com internações compulsórias. onde só se trata um vício, como se aquele problema fosse só um problema químico. Esse problema não vai ser resolvido enquanto essas pessoas não forem tratadas como pessoas. Que têm direito a casa, alimentação, oportunidades. Sempre importante ressaltar, gente, que eu não tô fazendo aqui uma defesa do crime organizado, ou da manutenção da cracolândia O que eu tô dizendo é que tem que ter um preocupação com aquelas vidas, vidas negras, principalmente, que estão sendo ceifadas todos os dias. O que está acontecendo nesse momento na cidade de São Paulo não é uma preocupação com aquelas pessoas, com o que elas fazem ou com que elas deixam de fazer, é simplesmente uma limpeza, uma higienização do centro de São Paulo que foi aberto pra especulação mobiliaria. O objetivo primeiro é limpar uma área comercial, extremamente valorizada, perto da sala São Paulo, do metrô da Luz que foi desvalorizada ao longo dos anos pela presença dos "craqueiros zumbis". e abri-lá pra capital privado construir empreendimentos no local. Esse é o objetivo! Os interesses são claros, gente a gente não precisa estar dentro do governo pra entender. Uma vez que desde domingo, as únicas medidas tomadas foi meter bala de borracha e bomba de efeito moral pra tirar aquelas pessoas daqueles espaços. E começar a demolir imediatamente prédios com pessoas dentro. Com pessoas dentro! Como pessoas muito mais interadas que eu estão discutindo, falar sobre cracolândia não é necessariamente falar sobre criminalidade, é falar sobre saúde pública! Afinal se fosse para falar só sobre criminalidade que falassem de outros bairros. Usuários e traficantes estão tanto na cracolândia quanto estão nos Jardins ou em Brasília A política de drogas hoje é desculpa pra matar preto e pobre, e não porque pretos e pobres não cometam crime, não porque pretos e pobres não sejam usuários, não porque pretos e pobres não sejam traficantes mas porque a classe alta brasileira também é. Porque a classe alta também consume drogas, porque a classe alta também trafica, porque a classe alta comete crimes aos montes e não tem nenhuma operação "cidade linda" ou "novos jardins", metendo bala de borracha em usuário de droga de condomínio. Se esse vídeo foi elucidativo ou se esse vídeo te deixou mais confusa, clica no like ou clica no deslike mas eu peço muito que você compartilhe esse vídeo. Deixa um comentário aqui, me diz o que você acha sobre essa situação toda! Me diz o que você sabe de informação sobre essas discussões! Se inscreve nesse canal, não vai te custar nada e vai ser muito importante! Deixe um like pra esse vídeo ser muito divulgado, ir até o infinito, enfim. Conto muito com você. Pra essa mensagem vazar. É muito importante que as pessoas tenham acesso a essas discussões..

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Assis:

Vivien Fane, Seneca: Union Theological Seminary. Bento Gonçalves: SUNY Learning Network; 2005.

Adalyn Yang, Niagara. Juiz de Fora: Wesleyan; 2006.

Stephen Bender, Washington Street zip 10004. Barra Mansa: Sage College of Albany; 2017.

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