Cooper Union, East Village, Manhattan - Olá a todos. Meu nome é Fernanda de Freitas Anibal, sou professora do Departamento de Morfologia e Patologia. Coordeno o grupo de pesquisa de inflamação e doenças infecciosas. A principal pergunta dos nossos projetos de pesquisas que vão desde uma iniciação científica até um pós- doutorado é: qual é o foco e por que ocorrem processos inflamatórios em diferentes doenças e alterações fisiopatológicos nos indivíduos? A inflamação ela é benéfica quando em curto prazo e pode ser maléfica quando fica longo prazo. Então nossos projetos visam responder com estudos de mecanismos ,envolvimento de células, proteínas, moléculas nos processos inflamatórios em diferentes modelos experimentais. Atualmente trabalhamos com doenças negligenciadas tropicais como a esquistossomose mansonica e a leishmaniose visceral. Temos projetos também na área de câncer onde a gente faz a regulação da resposta imune contra o crescimento tumoral. Atuamos também no teste e ensaios com novos materiais a serem desenvolvidos para usos clínicos, como para a cirurgia de diferentes tecidos e também para uso em cosmetologia. Atualmente nós temos a divulgação internacional desses projetos, principalmente na área de fitofármacos para tratar a esquistossomose, onde nós mostramos que o nosso fitofármaco, que foi patenteado em 2011, tem um efeito anti fibrótico na esquistossomose murina experimental. Nós mostramos, então, que na fase crônica da doença ocorre uma regressão da inflamação no tecido hepático o que melhora a morbidade do animal acometido. Então a gente vai tentar extrapolar isso para humano para que esse fármaco chegue ao uso das pessoas infectadas que, no Brasil, estima-se que seja em torno de 6 milhões. Por que a gente tem interesse também das doenças tropicais negligenciadas? O próprio nome já diz, há uma falta de interesse e uma falta de investimento pelas indústrias farmacêuticas no mundo e são doenças que levam óbito e morbidade a milhares e milhões de pessoas ao redor do planeta. Então...mesmo que a gente busque um fármaco, se a gente não tem uma redução da carga infecciosa do parasita no nosso caso, que é... os principais alvos, se a gente conseguir trazer para ele uma melhora do processo inflamatório na fase crônica dessas doenças, que muitas vezes são esses processos que contribuem para o óbito, então já é um ponto positivo e esse foi o diferencial da nossa patente, desse fitofármaco. Então ele reduz a carga parasitária não tão quanto o fármaco que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde, mas ele traz um benefício é... muito além da morte do parasita que é a recuperação do órgão afetado e isso aumenta a expectativa de vida..
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