School of Professional Studies - Oi! Lá vamos nós estudar mais um pouco para a redação do Enem. O esforço é grande, mas estamos em busca de uma super-recompensa: uma nota excelente!! Então, vamos à luta! Na aula 10, vimos quatro estratégias argumentativas para você usar nos parágrafos de desenvolvimento – a parte mais importante da sua argumentação. Hoje vamos ver mais cinco: dados estatísticos e pesquisas; fatos comprováveis, alusão ou referência histórica, contra-argumentação e senso comum. Vamos desenvolver os parágrafos com o mesmo tema da aula passada: “Aspectos do transporte urbano no Brasil”. Vamos começar pelos dados e pesquisas. É bem parecido com o que vimos na aula 9, ao estudarmos a introdução com dados para contextualizar o tema. Os cuidados são os mesmos: não se pode inventar, é preciso ser honesto. Só podemos fazer esse tipo de introdução se tivermos os dados à nossa disposição. Por isso, é comum os candidatos usarem os números das pesquisas apresentadas nos próprios textos motivadores. Dois detalhes: 1) isso não é cópia; é uso da informação disponível, como se você tivesse pesquisado em casa. 2) não se esqueça de colocar a fonte dos dados.Veja um exemplo: Dá para notar que esses números não podem ser sacados da imaginação, não é? Por isso, vou enfatizar: só use se estiver à disposição. Vamos ver agora a estratégia de apresentação de fatos comprováveis.São fatos, acontecimentos registrados no noticiário por exemplo. Daí a importância de estar minimamente atualizado. Vamos ao exemplo: Geralmente conhecemos um fato ou outro para encaixar nos textos. Tenho certeza de que você já percebeu que para ter um bom conjunto de conhecimentos, é preciso estar atualizado, ler jornais e estudar. Vamos passar para a argumentação por alusão ou referência histórica. O nome já diz: você põe seu argumento, comenta e ilustra com um acontecimento histórico. Dessa forma, dá força ao argumento e ainda demonstra conhecimentos, ponto bem importante na competência 2 da redação do Enem. Vamos ao exemplo: Nesse exemplo, a referência histórica é empregada para reforçar a comparação entre as políticas governamentais de JK e Collor de incentivo à indústria automobilística. Agora é a vez de uma estratégia bem sofisticada: a contra-argumentação, o mesmo que refutar, contestar, combater uma tese oposta a sua. Falamos sobre essa técnica na aula 9, ao estudarmos a introdução por contestação. Agora vamos ver como funciona no parágrafo de desenvolvimento. É uma linha de argumentação um pouco mais complexa, porque você precisa imaginar a tese contrária e contestar a fim de fortalecer o seu ponto de vista.No trabalho de hoje nós definimos o tema, mas não formulamos uma tese. Pelos exemplos usados até aqui, podemos dizer que a tese é: as dificuldades da mobilidade urbana no Brasil são resultado de má gestão pública. Vamos ver um parágrafo que refuta uma tese contrária a ela. Nesse exemplo, combate-se a tese contrária, que aponta os proprietários como responsáveis pelos problemas no trânsito. Percebeu como, no fim, a tese que assumimos sai fortalecida? Sei que é difícil, pois além de pensar sua tese e seus argumentos, ainda é preciso imaginar a ideia de outra pessoa. Mas não desanime: se receber um tema em que as posições possíveis sejam muito polarizadas, tente usar essa estratégia, pois é muito bem avaliada. Foi isso que ocorreu no Enem 2014. As posições possíveis eram regulamentar ou não regulamentar a publicidade infantil. Nesse caso, podia-se definir um deles como tese, argumentar a favor e contra-argumentar em relação à opinião diferente. Não é trabalhoso, é apenas mais complexo. Para fechar nosso trabalho, resta falarmos sobre a argumentação por senso comum. Estranho, né? O que mais devem falar para você é “não use senso comum”; “saia do senso comum”. Pois é, mas ele existe e é uma forma de argumentar. Não é lá muito valiosa não, mas está aí e vamos falar dela. A estratégia consiste em fazer uma afirmação que é consenso geral, que é incontestável na sociedade, usando-a até como o próprio argumento. São mais utilizados quando se quer defender um ponto de vista, uma opinião, um argumento que é massificado; ninguém vai apelar contra, pois é conhecido universalmente. Veja um exemplo. Todo mundo conhece bem o que está no parágrafo, não é? Nem por isso o texto ficou ruim, já que o argumento não pode ser atacado por ser uma realidade visível; o problema é que não acrescenta informações novas para o leitor. Quem gosta de ler um texto, assistir a uma aula ou ver um filme que já conhece bem? Costuma ser bem chato, não é? Você até pode usar esse argumento mais simples em um de seus parágrafos, mas capriche muito com estratégias mais produtivas nos outros, ok? Não existe uma receita para usar estratégias; também não existe mágica. O único caminho é a reflexão a partir do tema da proposta de redação. Você deve ter calma, definir a tese, selecionar ideias e conhecimentos e formular argumentos e a estrutura da sua redação: se terá quatro ou cinco parágrafos, que argumentos vai usar para defender a tese, que estratégia e conhecimentos vai usar e na introdução, no desenvolvimento, na conclusão. Para isso acontecer com menos sofrimento, é preciso praticar. Por você que não escolhe um dos temas trabalhados nas nossas videoaulas e faz algumas redações usando estratégias diferentes? É uma boa forma de encontrar o seu texto, aquele que tem a sua marca, pois é uma estrutura que você passa a dominar. Em nossa próxima aula, aprofundaremos o conhecimento sobre os fatores de coerência da redação. Espero você, ok? Um bjim e até lá!.
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