School of the Arts - Oi!! Pronto para mais uma aula? Vamos aperfeiçoar mais um pouco a redação para o Enem? Então fica comigo, porque hoje vamos abordar um ponto que costuma ser de muita aflição: como não deixar o texto expositivo. É um ponto muito importante, especialmente porque a competência 2, avaliada no Enem, fala em texto escrito nos limites do texto dissertativo-argumentativo. Não sei se já aconteceu com você, mas muitos alunos ficam angustiados quando recebem uma redação corrigida pelo professor e leem, ao lado de alguns parágrafos, marcações como “Exposição!” ou “Muito expositivo”. Às vezes, também está indicado o famoso “Argumente!”, com um ponto de exclamação que parece alfinetar a gente. A angústia ocorre porque nem sempre o aluno consegue perceber por que seu texto está expositivo. Por isso, esse será o nosso foco agora. Para começo de conversa: você sabe o que é dissertar sobre um tema? Se já sabe, ótimo; se não sabe, vai saber agora. Dissertar é desenvolver um assunto ou um tema, é discorrer sobre ele, falar sobre ele. Conforme nós estudamos na aula 5, dedicada ao planejamento da redação, antes de escrever, devemos pensar sobre o tema, listar e selecionar informações relevantes relacionadas a ele a partir dos nossos conhecimentos e de outras fontes confiáveis. O resultado dessa reflexão pode ser apresentado ao leitor de modo expositivo ou argumentativo. A diferença entre expor e argumentar é bem simples: Expor é apresentar o conhecimento que se tem sobre um tema. Num texto expositivo, o objetivo é informar o leitor sobre um tema. Trata-se apenas de levar informações relevantes ao leitor a fim de que ele fique bem informado. Já argumentar é expressar opinião ou ponto de vista sobre o tema. Assim, no texto argumentativo, o objetivo é convencer o leitor, utilizando argumentos lógicos que demonstrem uma linha de raciocínio. O texto vai além da apresentação organizada de informações, pois também deve apresentar a sua visão crítica sobre o tema, o que você pensa sobre ele. Aqui entra o caráter polêmico ou problemático que envolve os temas discutidos nas redações do Enem e de outros vestibulares. Na redação dissertativo-argumentativa que você vai fazer no Enem, a argumentação e a exposição andam de mãos dadas, pois você vai defender um ponto de vista sobre o tema, apresentando informações do mundo, conhecimentos e dados para reforçar e credibilidade à sua visão. Nessa relação entre os dois, o predomínio deve ser da argumentação, claro! Assim, no seu texto, as ideias selecionadas devem ser organizadas de um modo convincente, em uma estrutura lógica formada por introdução, desenvolvimento e conclusão, em linguagem clara, culta e objetiva. Ah! Na introdução, estará a sua tese, conforme já vimos lá na aula 04. Já vimos a parte teórica; vamos então à parte prática da aula. Para isso, vamos considerar o seguinte tema: “As mudanças climáticas no Brasil no século XXI”. Lendo a redação, encontramos o seguinte parágrafo de desenvolvimento: Esse parágrafo traz informações relevantes, mas só isso, porque há apenas informação de fatos conhecidos, só se fala do óbvio, de pontos observáveis e incontestáveis. É comum vê-las nos noticiários, não é? Por isso, é um parágrafo expositivo. Na correção, lá vem a caneta do professor: “Só exposição!”. Vamos ver como ele pode se apresentar de forma argumentativa: Nessa nova redação do parágrafo, temos argumentação, pois são apontadas as consequências das ondas de calor e das secas na última frase. Foi usada a estratégia de apontar a relação lógica entre causa (calor e a seca) e a consequência (as dificuldades). Quer ver outro parágrafo, com outra estratégia? Novamente, temos um parágrafo argumentativo e com uma estratégia que vale muito: a contra-argumentação. A escolha foi mostrar que um grupo fez uma análise equivocada da situação climática. Mais um? Nesse caso, o caminho argumentativo foi a comparação entre o Brasil e outros países. Percebeu como há a união entre exposição e argumentação? Pois é, deve ser sempre assim nos parágrafos de desenvolvimento. Se você fizer dessa forma, nunca mais vai levar aquela anotação chata ao lado do parágrafo. Pelo contrário: se a informação for relevante e estiver bem argumentada, a anotação será: “Ótima argumentação!”. E, no Enem, sucesso na competência 2, se atendidos os outros pontos, claro! Sabe por que eu usei sempre o mesmo início do parágrafo? De repente você achou meio chato, mas não foi não, foi uma estratégia, é para você perceber que, com um mesmo conjunto de ideias, é possível usar estratégias diferentes para defender a tese. Além disso, cada parágrafo da sua redação pode ter uma estratégia diferente. Aliás, se você conseguir fazer isso, vai ser exemplo de grande domínio da argumentação! Então, muita atenção: a marca da argumentação na introdução do texto é a tese. Nos parágrafos de desenvolvimento, são as estratégias argumentativas, que, se forem bem elaboradas, serão fundamentais para o sucesso da sua redação. Na próxima aula, vamos estudar os argumentos para depois então no outro encontro vermos as estratégias argumentativas que você poderá usar. Sempre seguindo nosso jeito de estudar: vemos a teoria e fazemos uma aplicação prática, um exercício de análise. Vamos resumir o que vimos hoje? Vimos a diferença entre argumentar e expor; Identificamos parágrafos expositivos e o transformamos em argumentativos; Conhecemos algumas estratégias argumentativas possíveis. Olha, eu torço muito para que a aula tenha sido bem esclarecedora para você para afastar de vez o fantasma da exposição. Que ela fique para outros textos, mas não para a redação do Enem. Nela, parafraseando respeitosamente o poeta português Fernando Pessoa, “argumentar é preciso”, aliás, argumentar é ponto de honra! Agora, um pedido: se você achou a aula legal, curte o vídeo aí! Se tiver dúvidas ou comentários, manda para mim. Quero muito saber a sua opinião, pois assim posso aperfeiçoar o nosso estudo. Outra coisa: já se inscreveu no nosso canal do Youtube? Então faça isso e me encontre para as próximas aulas. Um bjim e até lá!.
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Teixeira de Freitas:
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